sábado, 14 de maio de 2011

Avaliação de Ciência Política - do XV ao XVIII


QUESTÃO 01 – No verbete sobre Ciência Política, no dicionário de política de Norberto Bobbio, p. 164, o autor afirma que a Ciência Política surge como disciplina e como instituição na metade do século XIX. Esta ciência está inserida, mais especificamente, no campo de conhecimento compreendido como Ciências Sociais. Sabendo-se que esse campo de conhecimento, conforme informado no primeiro dia de aula, compreende duas outras disciplinas, assinale a alternativa que apresenta as três áreas específicas das Ciências Sociais:

(a)  História, Economia e Ciência Política
(b) Ciência Política, Sociologia e Economia
(c)  Sociologia, Ciência Política e Antropologia
(d) Antropologia, Economia e Sociologia
(e)  Psicologia, Economia e Ciência Política

QUESTÃO 02 – De acordo com o dicionário de política de Norberto Bobbio, assinale a alternativa que melhor aponta a definição do verbete Governo:

(a)  O Governo é uma organização, que representa a autoridade governante de uma determinada unidade política. É o poder de regrar uma sociedade política e o aparato pelo qual o corpo governante funciona e exerce a autoridade. Governo não implica necessariamente a existência de Estado.
(b) O Governo é usualmente utilizado para designar a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou de uma nação. Normalmente denomina-se Governo ou Gabinete, ao conjunto dos dirigentes executivos do Estado, ou ministros. Por isso, também chama-se Conselho de Ministros.
(c)  A forma ou regime de governo pode ser República ou Monarquia, e o sistema de governo pode ser Parlamentarismo, Presidencialismo, Constitucionalismo ou Absolutismo. Uma nação sem Governo é classificada como anárquica. Pode-se dizer que forma de governo é um conceito que se refere à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Sistema de governo, por outro lado, não se confunde com a forma de governo, pois este termo diz respeito ao modo como se relacionam os poderes.
(d) Governo é o conjunto das instituições politicamente organizadas em estruturas próprias (Estado, forças armadas, funcionalismo público etc), que controlam e administram uma nação. Possui uma organização política, social e jurídica, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição escrita, redigida e dirigida por uma autoridade que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Governo soberano é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio da violência legítima.
(e)  Para a moderna concepção política, o poder de Governo, uma vez institucionalizado, está normalmente associado à noção de Estado. Pode-se ainda definir Governo como o conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma determinada sociedade.

QUESTÃO 03 – De acordo com Bobbio (2004), a Ciência Política, como disciplina, é uma forma de conhecimento científico originada no século XIX. Como toda forma de conhecimento, ela reflete as preocupações e as necessidades dos homens de seu tempo. A emergência do pensamento social em bases científicas se deu em função de fatores históricos, sociais, políticos e culturais. Os fatores históricos referem-se às transformações na estrutura da sociedade. Já os fatores sociais, políticos e culturais, estão muito mais relacionados às transformações nas maneiras de as pessoas pensarem, se relacionarem e compreenderem a sua realidade. Do ponto de vista histórico, social, político e cultural, uma multiplicidade de eventos poderiam ser apontadas como determinantes para o surgimento da Ciência Política moderna. Basicamente três acontecimentos podem ser destacados como fundamentais para este processo, pois eles, concomitantemente, afetaram diretamente as bases sociais e políticas da convivência humana.

I.                   O primeiro acontecimento é de ordem econômica. Os séculos XVIII e XIX presenciaram uma das mais intensas, rápidas e profundas transformações sociais que a história já vivenciou. Junto com as mudanças econômicas vieram à tona fenômenos sociais radicalmente novos, como a urbanização, a aceleração do tempo, a família nuclear e uma série de problemas sociais, como a proletarização, novas formas de pobreza e conflitos políticos.
II.                Um segundo evento, este essencialmente político, marcou a Europa no final do século XVIII. A partir dele, iniciou-se a queda dos regimes monárquicos absolutistas e começou-se instaurar o sufrágio eleitoral democrático moderno. Emergem os Direitos do Homem e as noções de liberdade, igualdade e de fraternidade, estremecendo as tradições políticas européias remanescentes de tempos medievais e renascentistas.
III.             Por último, e concomitante aos dois primeiros eventos, consagrava-se na Europa uma nova forma de pensar e entender filosoficamente o mundo. Esse movimento de idéias tinha como objetivo primordial entender e organizar a sociedade a partir da razão. Essa razão era a luz que sepultaria as trevas, representadas, sobretudo, pela monarquia e pela religião. Essa metamorfose cultural, em trânsito desde o século XV, tencionava colocar o Homem (antropocentrismo), no lugar de Deus (teocentrismo), marcando, com isso, a emergência do pensamento social em bases científicas e racionais.

Os três eventos narrados acima são historicamente, melhor denominados de:

Revolução Industrial (   )
Revolução Francesa (   )
Revolução Iluminista (   )



QUESTÃO 04 – No verbete sobre Poder, no dicionário de política de Norberto Bobbio, p. 940, o autor afirma que o campo em que o Poder ganha seu papel mais crucial é o da política. Nesse campo, o Poder tem sido pesquisado e analisado continuamente e com a maior riqueza de métodos e resultados. Uma análise clássica é, segundo Bobbio, a de Max Weber. Segundo Weber, a dominação legítima pode justificar-se por três motivos de submissão ou princípios de autoridade, baseados em racionalidade, ancestralidade ou afetividade. Para Weber, as relações de mando e de obediência mais ou menos confirmadas no tempo, e que se encontram tipicamente nas relações de poder, tendem a se basear não só em fundamentos materiais ou no mero hábito de relações de obediência dos súditos, mas também e principalmente num específico fundamento de legitimidade. Aponte a alternativa que apresenta estes três tipos puros de dominação legítima:

(a)  Coação, persuasão e manipulação
(b) Racional, ancestral e afetiva
(c)  Coercitivo, burocrático e legal
(d) Legal, tradicional e carismático
(e)  Burocrático, carismático e autoritário

QUESTÃO 05 – Nícolo Maquiavel é considerado o precursor da política moderna por ter escrito um primeiro “manual de política”, um manual sobre a arte de governar, dedicado a Lourenço de Médici (neto de Lourenço, o Magnífico). Em outras palavras, na obra O Príncipe, o autor fala sobre as relações que um monarca de ter com os nobres, com o clero e também com o povo. Descreve como conquistar o poder e mantê-lo, dá instruções de como o monarca deve explorar ao máximo seus poderes, além de ensinar a manipular a vontade do povo. A partir do texto de Maria Tereza Sadek e da teoria política de Maquiavel, leia as afirmações abaixo e aponte (V) para verdadeiro e (F) para falso:

I.                   Maquiavélico e maquiavelismo são adjetivo e substantivo que estão tanto no discurso erudito, no debate político, quanto na fala do dia-a-dia. Seu uso extrapola o mundo da política e habita sem nenhuma cerimônia o universo das relações privadas. Em qualquer de suas acepções, porém, o maquiavelismo está associado à idéia de perfídia, a um pronunciamento astucioso, velhaco, traiçoeiro, sendo uma forma de desqualificar o inimigo, apresentando-o sempre como a encarnação do mal.

II.                Segundo Maria Tereza Sadek a chave metodológica para compreender o autor é saber que Maquiavel pretendia ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. A filosofia política da época preocupava-se com o dever ser. A preocupação de Maquiavel era com o ser, com a realidade. O autor está preocupado em saber como os homens governam de fato, quais os limites do uso da violência para conquistar e conservar o poder.

III.             Acerca da natureza humana, pode-se afirmar que Maquiavel põe fim à idéia de uma ordem natural e eterna. Ela é produto necessário da política, não é natural, não é manifestação de uma vontade extraterrena, nem se dá ao acaso. A ordem deve ser construída por homens para se evitar o caos e a barbárie. Uma vez alcançada, não será definitiva, há sempre a ameaça iminente de ser desfeita.

IV.            Em O príncipe fica claro que a lógica do poder é, antes de tudo, a lógica da força. A política é um constante conflito, assim como toda atividade humana. A boa ação política é, nesse sentido, aquela que consegue atingir os resultados almejados. É uma lógica em que os fins se sobressaem aos meios, desde que os primeiros se dêem em benefício do bem comum.

V.               Para Maquiavel, o príncipe virtuoso será aquele que aproveitar a situação para realizar as ações necessárias para alcançar os objetivos pretendidos. O governante deverá agir com virtú, conceito que para Maquiavel não remete a bondade ou justiça, mas, sim, a força e valor. O conceito de virtú está muito mais relacionado ao de fortuna, que significa oportunidade, acaso. Assim, a virtude maquiavélica se mostrará na ação contundente e oportunista, ancorada na prudência do observador atento.

Marque a alternativa correta:

(a)  A afirmação (II) e uma outra são falsas
(b) A afirmação (V) e uma outra são verdadeiras
(c)  Há, no máximo, três afirmações verdadeiras
(d) Há, pelo menos, três afirmações falsas
(e)  Há mais afirmações falsas do que afirmações verdadeiras

QUESTÃO 06 – Segundo o texto de Renato Janine Ribeiro sobre Thomas Hobbes, podemos afirmar que o autor é um contratualista. Um daqueles pensadores inseridos, basicamente, entre os séculos XVI e XVIII, que acreditavam que a origem do Estado e/ou da sociedade está em um contrato. Nessa corrente de pensamento político, os homens viveriam, quando em seu estado de natureza, sem um poder de organização. Este, só surgiria depois de um pacto firmado por eles estabelecendo as regras de convívio social e de subordinação política. A partir das informações do texto e a respeito da obra de Hobbes, responda SIM ou NÃO para as perguntas a seguir:

I.                   Há, pelo menos, dois paradigmas políticos e filosóficos bem claros, que contrastam as maneiras de conceber o mundo e podem ser exemplificados por Thomas Hobbes e J.J. Rousseau. É correto afirmar que os paradigmas hobbesiano e rousseauniano apresentam posições diametralmente opostas, sendo que no primeiro a bondade humana natural teria sido corrompida pelas convenções sociais; enquanto que, no segundo, a maldade intrínseca à humanidade provocaria comportamentos justificadamente defensivos?

II.                Para Hobbes, o homem em seu estado de natureza, na ânsia de sobreviver e satisfazer seus desejos vive em uma constante guerra de todos contra todos, devido à ausência de governo ou de leis que os regulem. É correto afirmar que a associação política entre os homens, isto é, a determinação de viver em sociedade, decorre fundamentalmente do desejo universal de vida e de auto-conservação?

III.             Segundo Hobbes, a paz alcançada pelo pacto político entre os homens que decidem viver em sociedade não é estável devido ao fato de que eles não possuem uma disposição natural para viver em sociedade, e de que a natureza do Homem tende sempre ao descumprimento desse pacto?

IV.            A ordem política, para Hobbes, põe fim à luta de vida ou morte, e isso só ocorre na medida em que os membros da coletividade consentem em reconhecer a absoluta soberania de uma autoridade maior que exerce seu poder por meio de decisões das quais só ela é responsável e de leis que ela impõe como princípios necessários da organização do poder?

V.               Na expressão conhecida de Hobbes “Homo homini lupus”(o homem é o lobo do homem), fica demonstrado o caráter monstruoso da condição humana. Em sua obra O Leviatã, Hobbes compara o corpo político, o Estado a um lobo selvagem, que compete pela sobrevivência, monstruoso, cruel e opressor?

  1. (   )
  2. (   )
  3. (   )
  4. (   )
  5. (   )


QUESTÃO 07 – Para compreender o pensamento de John Locke é necessário entender que o pensamento do século XVII caracterizou-se fundamentalmente por ser metafísico e racionalista, enquanto que o do século XVIII apresenta uma tendência mais epistemológica. Em outras palavras, significa dizer que nesse último, a investigação sobre como a mente humana e como as pessoas adquirem conhecimento verdadeiro das coisas é muito mais empirista. Isto é, se enfatiza o papel da experiência no processo de formação das idéias e do conhecimento. A partir do texto de Leonel Itaussu Almeida Mello sobre a teoria social e política de Locke, assinale a alternativa incorreta:

(a)  No Ensaio acerca do Entendimento Humano desenvolve sua teoria sobre a origem e a natureza de nossos conhecimentos. Comparando a mente humana a uma tábula rasa, a exemplo de uma folha de papel em branco, Locke rejeitava a doutrina das ideias inatas e afirmava que tudo que aprendemos tem origem no que pode ser percebido pelos sentidos. Como os demais empiristas acreditava que todo conhecimento humano deriva da experiência.
(b) A obra política de John Locke teve uma influência considerável na intelectualidade européia. Em sua obra Segundo Tratado do Governo Civil o autor apresentou a fórmula liberal do Estado moderno. Sua clareza, sua concisão, mas também sua moderação e sua preocupação com a consciência comum fizeram dela um instrumento por excelência da luta contra a tirania religiosa e política. As duas declarações dos direitos do Homem (Americana e Francesa) inspiraram-se em suas obras.
(c)  Os principais fundamentos do Estado civil, para Locke, podem ser compreendidos como o livre consentimento dos indivíduos para o estabelecimento da sociedade, o livre consentimento da comunidade para a formação do governo, a proteção dos direitos de propriedade pelo governo, o controle do executivo pelo legislativo e o controle do governo pela sociedade.
(d) O contrato social em Locke assemelha-se ao contrato social hobbesiano. O estado de natureza, relativamente pacífico, não está isento de inconvenientes, como a violação da propriedade. Na falta de leis estabelecidas, de um moderador, da força coercitiva de uma autoridade, os indivíduos se vêem em guerra uns contra os outros. É a necessidade de superar esses inconvenientes que leva os homens a se unirem e estabelecerem livremente entre si o contrato social. Nesse caso, os homens se submetem a um pacto, visando a preservação de suas vidas, abrindo mão de seus direitos originais, de seu estado de natureza.
(e)  Locke é considerado uma das maiores expressões do individualismo liberal. Para ele, a questão central do estado civil é perpassada pelo jusnaturalismo, e reside nos direitos naturais inalienáveis do indivíduo: a vida, a liberdade e a propriedade.

QUESTÃO 08 – A partir do texto de J.A.Guilhon Albuquerque pode-se compreender que Montesquieu seria, até certo ponto, um discípulo dos filósofos clássicos. Nesse sentido desenvolveu uma teoria sobre os tipos de governo que, mesmo se afastando em alguns pontos da teoria clássica de Aristóteles, pertence ainda à tradição desses filósofos. Montesquieu seria também, em boa medida, um pensador que investiga a influência que o clima, a natureza do solo, a quantidade de pessoas e a religião podem exercer sobre os diferentes aspectos da vida coletiva. Sobre a teoria social e política de Montesquieu, assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso:

I.                   Para Montesquieu, a forma de organização política, em três níveis de poderes, é positiva, pois a concentração de poder em uma só mão poderia recair para o abuso. Nessa divisão, cada poder deve agir independentemente, mas ao mesmo tempo, em articulação com os demais poderes, de modo que eles se limitem mutuamente.

II.                Na análise social e política de Montesquieu, podemos encontrar duas características marcantes: liberalismo político e poder laico.

III.             Em Montesquieu, a liberdade está no equilíbrio das forças. Só esse equilíbrio de forças impedirá as arbitrariedades e propiciará o máximo de liberdade a cada indivíduo.

IV.            Filósofo iluminista, crítico voraz do poder absolutista, Montesquieu foi um dos mais influentes teóricos de sua época. Durante a Revolução Francesa, foi protagonista no enfrentamento do rei Luiz XVI e na derrubada da monarquia.

V.               Em O Espírito das Leis, sua mais influente obra política, afirma que em uma república, quando o povo todo detém o poder soberano, configura-se uma aristocracia. Quando esse poder soberano está nas mãos de apenas uma parte do povo, então configura-se uma democracia.


Marque a alternativa correta:

(a)  Há três alternativas verdadeiras e duas alternativas falsas
(b) Há mais alternativas falsas do que alternativas verdadeiras
(c)  A alternativa (I) é falsa
(d) A alternativa (III) é falsa
(e)  A alternativa (V) é verdadeira

QUESTÃO 09 – O texto de Milton Meira do Nascimento a respeito do pensador iluminista Jean-Jacques Rousseau dá conta de um autor inserido em uma época denominada século das luzes, onde se preconizava a difusão do saber como meio eficaz para se por fim à superstição, à ignorância, ao império da opinião e do preconceito e que acreditava estar dando uma contribuição enorme para o progresso do espírito humano. A partir do texto utilizado em aula e sobre o legado de Rousseau, assinale a alternativa incorreta:

(a)  As duas obras de maior caráter político de Rousseau são Do Contrato Social e Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. No primeiro, Rousseau afirma a conhecida frase “O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se aprisionado.” Já no Discurso, Rousseau afirma que “falando incessantemente de necessidade, avidez, opressão, desejo e orgulho transportaram para o estado de natureza as idéias que tinham adquirido em sociedade; falavam do homem selvagem e descreviam o homem civil.”
(b) O homem em estado de natureza, segundo Rousseau, teria vivido livre solitário e feliz. Seria orientado apenas por seu instinto de auto-preservação, sem precisar de nada nem de ninguém. Dessa forma, o autor contesta o pensamento de Locke e de Hobbes, sendo então o primeiro pensador a criticar a civilização como fator de degeneração da natureza humana. Segundo Rousseau, o homem é bom por natureza e é a sociedade que o corrompe.
(c)  O contrato social, o pacto civil, era concebido por Rousseau como um engodo, uma burla. Seria essa associação, para o autor, um pacto cuja função era defender e proteger as pessoas e os bens. Nesse sentido, cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si próprio, permanecendo tão livre quanto antes. Assim, todos se mantêm livres e iguais ao ingresso na sociedade civil, no corpo político.
(d) No começo do Discurso Rousseau descreve a gênese da sociedade civil: “O primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer: ‘isto é meu’, e encontrou pessoas bastante simples para crê-lo, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil.” Assim, o autor atribui a maior importância para a propriedade privada na origem da desigualdade entre os homens. Ameaçados em sua segurança, os homens são levados a consentir numa certa organização política e a firmarem determinados contratos sociais.
(e)  As idéias políticas de Rousseau ultrapassaram o contexto revolucionário francês do final do século XVIII. Elas estariam na raiz dos movimentos socialistas surgidos, em toda Europa, a partir do século seguinte. A idéia de vontade geral, é para o autor, aquela que coloca a soma dos interesses particulares à frente da coletividade. Todo cidadão deve se subordinar à vontade geral, mesmo que como indivíduo, entenda que ela contraria seu interesse particular.

QUESTÃO 10 – Em artigo publicado no Caderno Mix do Jornal Diário de Santa Maria, p. 14, de 22/23 de abril de 2006, o professor, doutor em ciência política, do Departamento de Ciências Sociais da UFSM, Reginaldo Teixeira Perez afirma “Na política, os fins acabam por se impor: almeja-se chegar ao poder. Daí a reação dos institucionalistas. Montesquieu e Madison, por exemplo, pensadores do século 18 e representantes, respectivamente, das escolas políticas francesa e norte americana, investiram na criação de mecanismos de controle sobre os responsáveis pelos poderes. Passados dois séculos, remanesce a lição dos mestres: urge desconfiar da alma humana.” Com base no texto de Fernando Papaterra Limongi, aponte a alternativa que apresenta os três autores do texto “O Federalista”:

(a)  Montesquieu, James Madison e Rousseau
(b) Rousseau, Alexander Hamilton e James Madison
(c)  James Madison, Alexander Hamilton e John Jay
(d) John Jay, Thomas Hobbes e Montesquieu
(e)  Alexander Madison, John Hamilton e James Jay

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