quinta-feira, 22 de abril de 2021

PÃO, VACINA, SAÚDE E EDUCAÇÃO: Fora Bolsonaro-Mourão | Por um 1º de Maio classista reafirmando os princípios de solidariedade de classe

 Circular nº 130/2021

Brasília (DF), 20 de abril de 2021

 

Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN


Companheiro(a)s,

 

O 1º de Maio é um dia mundial de luta da classe trabalhadora, historicamente construído para reafirmamos a solidariedade de classe e o internacionalismo proletário. A data lembra o ano de 1886, quando, em Chicago, nos EUA, trabalhadores e trabalhadoras realizaram uma grande manifestação por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada de treze para oito horas diárias. A mobilização, que se estendeu por muitos dias, foi duramente reprimida, o que resultou em mortes de manifestantes e desencadeou uma greve geral naquele país.

Cento e trinta e cinco anos depois, a classe trabalhadora segue em luta por melhores condições de trabalho e de vida. Em tempos de crise sanitária, econômica e social como a que atravessamos no presente, é ainda mais urgente reafirmarmos os princípios históricos desta data, sem cedermos a possíveis conciliações com os patrões e com a burguesia.

No Brasil, a dramática conjuntura em que vivemos, com a aceleração da fome, da carestia, do desemprego em massa, dos números de mortes que não param de aumentar, vítimas da COVID-19 e do descaso do governo, exige que neste 1º de Maio intensifiquemos a denúncia das políticas genocidas de Bolsonaro-Mourão que tem investido em um projeto deliberado de morte, de desmonte do Estado brasileiro, e  exclusão  dos direitos sociais duramente conquistados na Constituição de 1988 pelo(a)s   Trabalhadore(aa)s.

Conclamamos as seções sindicais, o( a)s professores e professoras de todo país para construir um 1º de MAIO de luta e solidariedade, reforçando os atos com caráter de classe, autonomia e independência, articulando as seções sindicais com as Frentes de Esquerda, Movimentos Sociais e Fóruns em Defesa dos Serviços Públicos, com o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas e nas atividades propostas pela CSP-Conlutas nos estados e municípios, indicando:

1)    Realizar ações de solidariedade, com pequenos atos simbólicos e sem aglomerações, com distribuição de máscaras, álcool gel e alimentos;

2)    Realizar atos performáticos, denunciando as mortes da pandemia e a omissão dos governos nas políticas, reafirmando a necessidade de lockdown e o auxílio emergencial de no mínimo R$ 600,00;

3)    Realizar  atos simbólicos políticos, como faixaços, carros de som nos bairros denunciando o desmonte do estado por meio da Reforma Administrativa, dos cortes orçamentários em saúde e educação;

4)     Somar às ações de comunicação nas redes do ANDES-SN, por meio do compartilhamento e engajamento de materiais e twittaço a ser programado;

5)    Realizar o registro fotográfico e em vídeo dos atos e atividades para que  materiais sejam divulgados nas páginas nacionais do nosso Sindicato Nacional.

Em anexo, encaminhamos para conhecimento e ampla divulgação, os materiais de comunicação sobre o 1º de Maio de luta e solidariedade de classe. Informamos que os materiais podem ser usados nas redes sociais, atividades de ruas como faixaços e lambes.

Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.

 

 

Prof.ª Maria Regina de Avila Moreira

Secretária-Geral








terça-feira, 6 de abril de 2021

Estado argentino condena os assassinos responsáveis pela ditadura iniciada em 1976

 O professor Vladimir Safatle lembra que os fantasmas do passado nos assombram hoje porque não enterramos seus corpos

Os militares brasileiros não foram condenados pelos crimes de tortura que cometeram

Ficaram impunes

São bandidos sem condenação

Por isso temos um genocida no poder



segunda-feira, 5 de abril de 2021

Sindicatos, formalismo e burocracia: a síndrome de Monty Python

 Reflexões ao assistir a uma reunião do sindicato

Sinceramente, não acredito que as pessoas não percebam o quanto inútil é tanto formalismo

Por mais preciso que o texto resulte, ele é estéril, inócuo

Não importa o nome do gato... o nome dele pode ser peixe, o importante é que ele cace ratos!

Pautas óbvias, clichês discutidos como se fossem questões centrais

Nenhuma proposta ativa, de ir às ruas, de ação efetiva. Nenhuma força ativa, apenas gente querendo cotejar o texto para que ele reste tão redondinho quanto sem função prática

Pra mim está sendo um grande laboratório e uma grande surpresa. Sou antropólogo, preciso vivenciar as coisas para aprender sobre elas. E estou aprendendo muito.

Depois de tantas horas gastas na redação de um texto simples, tanta energia depositada em divergências formais, realmente entendo que não reste ânimo para luta efetiva.

Estou verificando na prática aquilo que o Ricardo Antunes escreve reiteradamente em suas intervenções.

Da forma como os sindicatos estão se organizando não restará nem mesmo um esboço do que é preciso para enfrentar a direita que está no poder e impregnada na sociedade civil

Repito a metáfora, estamos agindo rigorosamente da mesma forma ironizada pelo Monty Python no final do anos 1970


Gastar dias inteiros discutindo a forma de um texto é a atividade mais exangue que já assisti nos últimos anos, só comparável às reuniões do Partido que também tenho acompanhado

No fim, resto com sentimento de espanto e decepção, de positivo, apanho apenas a compreensão de que a esquerda está tão sem rumo devido à sua própria incapacidade de se organizar, de ser propositiva, de ter se tornado tão burocrática, tão formalista, tão inócua, sem tática ou estratégia.

Alguém ficar empolgado depois de uma reunião dessas é uma impossibilidade, não há como sentir ânimo para lutar assistindo ou participando esse tipo de debate

Quem espera-se sensibilizar com tudo isso?

Só alguém mais burocrata e formalista que a gente mesmo

Que tipos de avanços efetivos no campo político espera-se fazer com textos como esses?

Que tipo de conquistas se alcança depois de reuniões como essas?

Sempre acreditei que o "coração" da esquerda, seu dínamo, eram os partidos e os sindicatos

A usina da luta política, a partir de uma visada leninista de organização, estavam a cargo desses dois instrumentos

Começo a perceber as razões por que estamos no fundo do poço, perdidos, à deriva


quinta-feira, 1 de abril de 2021

Colapso da democracia burguesa no Brasil



 




Adquira o livro (autografado) "Democracia e crise política no Brasil (2013-2020)" organizado pelo professor Dejalma Cremonese (UFSM), no qual escrevi o Capítulo VII "Colapso da democracia burguesa no Brasil: hipóteses e (sobre) determinações", uma análise, à luz do materialismo histórico, do Golpe contra Dilma Rousseff