tag:blogger.com,1999:blog-1982785557161912152024-03-26T06:32:51.998-07:00Antropologia da Boca do MonteEsse espaço é um laboratório de Teoria Social. Quanto a mim, sou antropólogo e professor na Universidade Federal do Pampa. Tenho graduação e mestrado em Ciências Sociais, licenciatura em Sociologia, especialização em História do Brasil, doutorado e pós doutorado pela UFSM. Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.comBlogger154125tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-52756171952867126842023-10-13T05:19:00.005-07:002023-10-13T05:19:47.763-07:00A coroa do Imperador<p>"</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='555' height='461' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyNmr4ebsmVq0uCaXS3xrBwHUZ0d9fK7s2rorAI3Rtvm3NenHipzZW9lLruCc4VHLtncGDmSTVFDgELk5j9Ng' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br />A coroa do Imperador", meu episódio favorito de Cidade dos Homens.<p></p><p>É o primeiro da 1ª temporada.</p><p>Essas são as cenas da aula, é uma obra prima pra reflexão pedagógica!</p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-81007181233946792992023-08-09T12:10:00.001-07:002023-08-09T12:10:21.299-07:00Enquadrando o Lobo Mau e a Chapeuzinho Vermelho | Código Penal<p>Tem muitas versões, a mais antiga é de Charles Perrault, Le Petit Chaperon Rouge, e a mais conhecida acho que dos irmão grimm.</p><p>Era uma vez uma bela e ingênua menina que vivia com a mãe. Ela era encantada pela avó e a avó por ela.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/IUCfDNZk0IM" width="320" youtube-src-id="IUCfDNZk0IM"></iframe></div><br /><p><br /></p><p>A menina usava sempre uma capa com capuz vermelho, por isso era chamada por todos de Chapeuzinho Vermelho.</p><p>Um belo dia a avó adoece e a mãe de Chapeuzinho pergunta se a menina poderia levar algo para a avó comer. A casa da menina ficava na vila e a da avó no meio da floresta, a uma certa distância.</p><p>A menina prontamente se mostra disposta a ajudar. A mãe lhe entrega uma cesta com o alimento e lhe dá ordens claras para que não fale com estranhos e siga pelo caminho mais curto.</p><p>OPA, submeter uma criança a uma ação de risco que possa causar-lhe dano físico ou psicológico pode ser considerado um crime de maus-tratos, previsto no Artigo 136 do Código Penal Brasileiro.</p><p>Ainda no início do caminho rumo a casa da avó, a garota é interrompida por um Lobo, que se mostra muito gentil. OPA, isso não é crime, mas de acordo com o iter criminis podem estar ocorrendo aqui os atos preparatórios.</p><p>Ele puxa conversa e pergunta para onde ela vai. Chapeuzinho, ingênua, cai na conversa do Lobo e diz que vai levar quitutes para a avó, que está adoentada.</p><p>Ele sugere então que a menina siga por um determinado caminho, para colher flores para a vovozinha. OPA, no Código Penal Brasileiro, não existe um crime específico que trate exatamente da situação de indicar um caminho errado a alguém com o objetivo de cometer um crime. Mas, essa conduta pode muito bem se encaixar em outros tipos de crimes previstos no código.</p><p>Enquanto isso, o malvado segue por um caminho mais curto e chega na casa da avó primeiro.</p><p>Quando a avó pergunta quem bate à porta, o Lobo se faz passar pela menina. OPA, a conduta de fazer-se passar por outra pessoa pode se enquadrar em diversos tipos de crimes, dependendo das circunstâncias e das intenções por trás dessa ação. </p><p>A avó, também ingênua, ensina-o a abrir a porta. Assim que vê a velha, o Lobo mau a devora de uma só vez. Bem, como sabemos, no final, a velha é retirada da barriga do lobo e passa bem, então pode no máximo configurar uma tentativa de homicídio, que é prevista no Artigo 121, Parágrafo 2º, que estabelece a pena para quem tenta matar outra pessoa. </p><p>Ele então coloca as roupas da avó e se deita na cama, esperando que a menina chegue. Bem, forçando muito o enquadramento penal, a pessoa que utiliza a falsa identidade com o objetivo de obter vantagem ilícita ou causar prejuízo a alguém, pode ser acusada de falsidade ideológica, conforme previsto no Artigo 299 do Código Penal.</p><p>Quando Chapeuzinho bate na porta, o Lobo responde como se fosse a avó, enganando-a.</p><p>A garota percebe algo estranho na "avó" e então começa aquele diálogo que conhecemos muito bem.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiU4MgQdd7BEaKgnKxFszL0mGmAZfpcU8KeVUQb_Lmj55E59EgbHeZJN7VoBQYboYJAqhKseiUJz6nbqqeAwaxLOdLddmkiRzBYpKa-wEQeAX5oZCqXXnAMO0HNQ6k8eKSWb3juUbyAKCW11OFuzEdEs7PuHhtzmVgvwK-otYf7EPHk3xZY2ovkfFYr2mmw" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="440" data-original-width="630" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiU4MgQdd7BEaKgnKxFszL0mGmAZfpcU8KeVUQb_Lmj55E59EgbHeZJN7VoBQYboYJAqhKseiUJz6nbqqeAwaxLOdLddmkiRzBYpKa-wEQeAX5oZCqXXnAMO0HNQ6k8eKSWb3juUbyAKCW11OFuzEdEs7PuHhtzmVgvwK-otYf7EPHk3xZY2ovkfFYr2mmw" width="320" /></a></div><br />Que orelhas grandes você tem!<p></p><p>É para melhor te escutar! </p><p>Que olhos grandes você tem!</p><p>É para melhor te enxergar!</p><p>Que mãos grandes você tem!</p><p>É para melhor te agarrar!</p><p>Que boca grande você tem!</p><p>É para melhor te comer!</p><p>E então, devora também a pobre menina.</p><p>Daí, depois de devorar as duas, o Lobo se deita na cama para tirar um cochilo.</p><p>E então, por sorte, um caçador que passa pela casa e acha estranho o barulho do ronco que vem de lá de dentro. </p><p>Ao entrar na casa depara-se com o Lobo, de barriga cheia, deitado na cama.</p><p>Então, habilidosamente, com uma faca, abre a barriga do Lobo e consegue salvar a menina e a avó.</p><p>OPA, temos aqui uma cirurgia realizada sem habilitação necessária. Código Penal Brasileiro, a conduta de realizar cirurgia em um animal sem ser médico veterinário pode ser enquadrada como crime de exercício ilegal da medicina veterinária. É um crime e está previsto no Artigo 282-A do Código Penal, que foi acrescentado à legislação brasileira somente em 2009.</p><p>Finalmente, a Chapeuzinho Vermelho depois de ser salva, pega algumas pedras e junto com a avó e com o caçador, coloca todas na barriga do Lobo. Quando acorda, com muita sede, vai até o poço beber água e ao inclinar-se, cai dentro dele e morre. Bem, a conduta de abrir a barriga de um animal e colocar pedras dentro pode ser enquadrada como crime de maus-tratos a animais. Esse crime está previsto no Artigo 32 da Lei nº 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais. </p><p>No conto, o lobo é humanizado, pois fala e interage com os humanos. Nesse caso, o caçador, a avó e a menina do capuchinho vermelho, concorrem para a morte de alguém e, em seguida, jogam o corpo dela em um poço e isso envolve uma série de crimes.</p><p>O primeiro deles é o homicídio, se a pessoa contribuiu de forma direta ou indireta para a morte da vítima. Está previsto no Artigo 121 do Código Penal Brasileiro.</p><p>Pode ser também ocultação de cadáver, que é o ato de esconder, dissimular ou ocultar um corpo que tenha sido vítima de crime. Pode ser enquadrado no Artigo 211 do Código Penal. </p><p>Por fim, associação criminosa, e houver mais de uma pessoa envolvida na ação de causar a morte de uma vítima e ocultar o cadáver, está previsto no Artigo 288 do Código Penal. </p><p>Como vimos, é uma história infantil muito lúdica e inocente, fica aqui a sugestão pra você contar pros seus filhos antes de dormir, desde que você deseje que ele se torne umchico picadinho ou um maníaco do parque!</p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-33617158654683134522023-03-07T07:41:00.002-08:002023-03-07T07:41:17.691-08:00Kelsen e Kant<p> </p><p align="left" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A norma hipotética fundamental de Kelsen e a lógica transcendental
de Kant são conceitos fundamentais distintos a saber<br />
A teoria
do direito e a epistemologia a norma fundamental hipotética é ideia
central da teoria do direito de Kelsen segundo Kelsen todas as normas
jurídicas são derivadas de uma Norma hipotética fundamental que é
um princípio normativo que é pressuposto mas não provado como a
base da ordem jurídica<br />
Essa Norma hipotética fundamental é
uma hipótese que não é verificavel empiricamente mas que é
necessária para justificar a validade das normas jurídicas<br />
Por
outro lado a lógica transcendental kantiana é uma lógica que
estuda as condições necessárias para que a experiência seja
possível a lógica transcendental kantiana investiga as condições
formais que tornam possível a experiência como a estrutura da mente
humana e os princípios lógicos subjacentes ao conhecimento<br />
Embora
esses dois conceitos sejam diferentes em suas respectivas áreas eles
têm uma conexão filosófica ambos envolvem a ideia de que há uma
estrutura subjacente de que é necessária para que outras coisas
sejam possíveis assim a norma hipotética fundamental de Kelsen é
uma estrutura normativa que é necessária para justificar a validade
das normas jurídicas<br />
Enquanto a lógica transcendental kantiana
é uma estrutura necessária para que a experiência seja possível<br />
Em
resumo a relação entre Norma hipotética fundamental kantiana e
lógica transcendental kantiana é que ambas são estruturas
subjacentes necessárias para que outras coisas normas jurídicas e
experiência seja possíveis</p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-74225263514263432252022-10-04T10:58:00.002-07:002022-10-04T10:58:13.122-07:00TEOREMA DE COASE<p></p><p align="center" style="background: white; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: center; text-indent: 0cm;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">TEOREMA DE COASE<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" style="background: white; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: center; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">Disciplina de Análise Econômica do Direito |
Professor Flavio Pires<o:p></o:p></span></p>
<p align="right" style="background: white; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt; text-align: right; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">Acadêmico: Guilherme Howes<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">O presente trabalho responde à seguinte proposta:<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing">(...) apresentação de um artigo relativo ao Teorema de
Coase, onde o aluno deverá apresentar a parte histórica sobre o ilustre
professor, bem como sua tese relativa a tal teorema.<o:p></o:p></p>
<p style="background: white; text-indent: 0cm;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">INTRODUÇÃO – BREVE NOTA BIOGRÁFICA<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal">No final de 1910, no bairro de Willesden, região suburbana
de Londres nasce um menino de classe média baixa, filho de empregados do Royal
Mail, os serviços postais ingleses. Ao que consta em breves nota biográficas
(RODRIGUES JÚNIOR, 2013), o pequeno Ronald viveu ali uma infância relativamente
tranquila, apesar de seu país ter vivido um papel central na 1ª Grande Guerra. Mesmo
tendo deixado a escola aos 12 anos de idade seus dedicaram-se para que o filho
não tivesse o mesmo destino. Desde cedo inseriram o filho na vida escolarizada.
Mais tarde, os esforços para a formação do filho foram recompensados com uma
bolsa de estudos para o Kilburn Grammar School. O garoto não tardou a se
decidir sobre a vida universitária. Demoveu-se da História por não se julgar
suficientemente apto em latim e da Química devido às suas dificuldades com a
Matemática. Optou, então, pela Economia. Em 1929, coincidentemente mesmo ano da
quebra do bolsa de Nova Yorque, um marco para o liberalismo econômico, o jovem
Ronald ingressa na <a name="_Hlk114495301"><i>London School of Economics</i></a>
(LSE) para cursar bacharelado em comércio. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Ali teve seu primeiro contato com o Direito, quando
começou a estudar os casos das cortes inglesas e a ler revistas jurídicas. Isso
o levou a pensar seriamente em seguir a carreira jurídica, o que provavelmente
viria a ocorrer caso, durante os estudos na LSE, não tivesse sido transformado
por uma uma palestra proferida por Arnold Plant, que o apresentou à economia, à
obra de Adam Smith e à ideia da mão invisível do mercado (VALÊNCIO, 2016).</p>
<p class="MsoNormal">A partir disso, na sequência de seus estudos, aproximou-se
de Arnold Plant<a href="file:///C:/Users/guilh/Desktop/teorema%20de%20COASE.docx#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a>,
o que lhe possibilitou conseguir uma importante bolsa de estudos, a <i>Sir
Ernest Cassel Travelling Scholarship</i>, levando-o a estuda nos Estados Unidos
entre os anos 1931-1932 na Universidade de Chicago. Na Universidade americana
dirigiu seu foco para as intersecções entre o Direito, a Economia e a atividade
empresarial. Retornou a Londres ao final da bolsa de estudos e formou-se pela
LSE em 1932.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O início da carreira acadêmica formal se dá imediatamente
como professor No ano de 1932, Coase dá início a sua carreira acadêmica formal
como professor na <i>Dundee School of Economics and Commerce</i>, entre os anos
de 1932 a 1934; posteriormente, leciona na <i>University of Liverpool</i>,
entre os anos de 1934 a 1935. Em 1935, retorna para a <i>London School of
Economics</i>, sua “alma mater” (RODRIGUES JÚNIOR, 2013). O curto período
vivido nos Estados Unidos somados à meia década de atividade docente na
Inglaterra fizeram o jovem economista amadurecer algumas noções sobre a relação
entre a natureza jurídica das atividades econômicas. É nesse contexto que, em
1937, Coase publica seu primeiro texto influente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Coase desembarcou nos Estados Unidos no auge da Grande
Depressão [início dos anos 1930] e teve a oportunidade de aproveitar a ociosidade
das pessoas e indagar sobre seus trabalhos, seus empregos e as razões pelas
quais tomavam suas decisões. Como resultado destas investigações, de volta à
Grã-Bretanha, escreveu o artigo "A Natureza da Firma” [em 1937] (VALÊNCIO,
2016).</p>
<p class="MsoNormal">Em 1939 começa a Segunda Grande Guerra e Coase torna-se
assessor do Gabinete de Guerra britânico trabalhando no Escritório Central de
Estatísticas. A Guerra finda em 1945, e o então primeiro-ministro Winston
Churchill sai derrotado na Eleições Gerais que vieram logo depois. A vitória é
de Clement Attlee, líder do partido trabalhista. Sem mais o cargo no governo,
Coase reassume suas funções docentes na LSE. Em 1948 Ronald Coase passa um
curto período nos EUA, mas retorna à Inglaterra onde conclui seu doutoramento
em 1951 nesta mesma Universidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O cenário pós guerra faz emergir em seu país no início dos
anos 1950, as bases do que ficou conhecido como <i>welfare state</i>, o estado
de bem estar social, constituído pela “ascensão do papel Estado como
empreendedor nos setores postais, telegráficos, de fornecimento de água e
energia elétrica e de radiodifusão” (VALÊNCIO, 2016). Embora a LSE tenha
oferecido a Coase a cátedra de Ciência Econômica, deixada por Friederich von
Hayek em 1950, ele julga que “vários princípios socialistas estão sendo
inseridos na economia britânica” (idem) e decide então emigrar para os Estados
Unidos da América. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Nos Estados Unidos, praticamente reiniciou sua carreira,
começando por dar aulas na inexpressiva Universidade de Buffalo, no estado de
Nova York, onde permaneceu entre 1951 e 1959, dedicando seu tempo ao
aprofundamento de suas pesquisas, motivo pelo qual rejeitou convites para
cátedras em universidades de nome, tais como Harvard e Chicago. Ao final de seu
período em Buffalo, foi pesquisador no <i>Center for Advanced Studíes ín
Behavíoral Scíences</i> em Stanford, na Califórnia, uma instituição que,
financiado pela Fundação Ford, buscava desenvolver pesquisas interdisciplinares
sobre o comportamento humano com foco na Antropologia, na Economia, na Ciência
Política, na Sociologia e na Psicologia, o que lhe deu base para a publicação
de seu artigo "O Problema do Custo Social", no Journal of Law and
Economícs, da prestigiada Universidade de Chicago (VALÊNCIO, 2016).</p>
<p class="MsoNormal">Assim, em 1960 o professor da Universidade da Virgínia
(EUA), Ronald Harry Coase, aos 50 anos de idade, publicou o artigo que lhe
catapultou ao prêmio Nobel em Ciências Econômicas na área de microeconomia (em
1991). O artigo “O problema do custo social” (COASE, 1960) foi paradigmático na
área de legislação econômica e, por essa razão, uma inequívoca referência desde
então. Importante ressalvar desde já que essa referência não se dá somente em
função de seu alcance teórico, mas sobretudo pela sua aplicabilidade prática
tanto no plano econômico quanto no plano jurídico, talvez mesmo na intersecção
entre essas duas áreas do conhecimento.</p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj2XYjR4f4p3PGithb5LxRLdMBVZGhtPs9azM152GoT-j6MRf7YpKvLxgSB3jJNK9yAVaUEOVS8C8ksypI3I9OlTebEKS6Y_PVqNFuVq3ib5XGEU3rBZYL8eD3ChacAKk725mfjdxbhWUYkaHN5XsyJOrIjU8fnC21GOfnU3lHIxQ4S1ATNb7-ji4UIGA" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="433" data-original-width="929" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj2XYjR4f4p3PGithb5LxRLdMBVZGhtPs9azM152GoT-j6MRf7YpKvLxgSB3jJNK9yAVaUEOVS8C8ksypI3I9OlTebEKS6Y_PVqNFuVq3ib5XGEU3rBZYL8eD3ChacAKk725mfjdxbhWUYkaHN5XsyJOrIjU8fnC21GOfnU3lHIxQ4S1ATNb7-ji4UIGA=w538-h251" width="538" /></a></div><br />Depois de uma longa, profícua e influente carreira como
autor, professor e teórico, fundador mesmo do que hoje denomina-se de Análise
Econômica do Direito, Coase faleceu aos 102 anos, na cidade de Chicago, em
2013, quando trabalhava em um livro sobre o poder econômico da China e do
Vietnã. A influência do autor, no entanto, sobre os campos econômico e jurídico
político seguem profundamente transcendem em muito a sua existência e sua
produção teórica (G1, 2013).<p></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Após essa breve nota biográfica, esse artigo tratará, em seu
desenvolvimento, mais detidamente sobre uma compreensão do consagrado Teorema
de Coase e na conclusão, uma breve ponderação sobre a aplicação desse paradigma
sobre o atual contexto jurídico político brasileiro, nominadamente, a Análise
Econômica do Direito, suas influências, possibilidades, limitações e
consequências.<o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">DESENVOLVIMENTO – O
TEOREMA DE COASE<o:p></o:p></span></b></p>
<p style="background: white; margin: 0cm;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal">Em outubro de 1960, então professor de Economia na
Universidade da Virgínia, Ronald Coase publica o artigo “O problema do custo
social” (COASE, 1960) no periódico <i>Journal of Law and Economics</i> (EUA).
Nele, partiu de bases teóricas tanto econômica quanto jurídicas para refletir
sobre a questão dos direitos de propriedade. Em essência, o Teorema de Coase
propõe que os fatores externos, as chamadas externalidades<a href="file:///C:/Users/guilh/Desktop/teorema%20de%20COASE.docx#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a>, não devam ser
razões para que haja interferência estatal (dos governos em todas as suas
formas) nas transações em que, excetuadas essas externalidades, deveriam ser mediadas
privadamente. Nesses termos, a função da legislação, compreenda-se aqui os
governos, seria apenas, embora isso não seja pouco, a de assegurar que as
partes tenham garantidos os seus respectivos direitos. No limite, os direitos
seriam tratados como relações econômicas em que ambas as partes obtenham
benefícios, mutuamente vantajosos, nos termos do autor, “barganha mutuamente
satisfatória” (COASE, 1960. p. 04).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Procurando explicar de forma mais simples, pode-se afirmar
que para Coase, todo “problema”, todo litígio, toda “externalidade” possui uma
“natureza recíproca” (idem, p.01). Coase pressupõe que toda relação jurídica,
por mais particular que seja, insere-se num canário mais amplo, genericamente
compreendido como um “sistema de preços” (ibidem). Todo aumento de custos de um
lado implica em um aumento de custos em outro. Como em um sistema de êmbolos,
toda relação jurídica é, de fundo, uma relação econômica, não necessariamente
monetária. Observemos como o próprio autor apresenta a questão:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">A abordagem tradicional tende a obscurecer a natureza da
escolha que deve ser feita. A questão é comumente pensada na forma em que A
inflige um dano em B e o que tem de ser decidido é: como devemos coibir A? Mas
isso está errado. Estamos lidando com um problema de <b>natureza recíproca</b>.
Para evitar o dano em B, dever-se-ia causar um dano em A. A verdadeira questão
a ser respondida é: A deveria estar permitido a causar um dano em B ou deveria
B estar permitido a causar um dano em A? O problema está em evitar o <b>dano
mais sério</b> (COASE, 1960, p.01). Negritos meus.</p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;">Aufere-se
do trecho citado, que um dano de A sobre B causará um custo, um “custo social”,
um “dano”, como mencionado pelo autor no trecho citado. Já a contra ação de B
sobre A, cobrando, por exemplo indenização, gerará outro custo social, outro
“dano”. A questão, portanto, é saber qual a melhor forma de resolver a contenda
ente A e B. E, resumindo, a melhor forma será aquela que gerar o menor custo
social do sistema geral de preços. Pelas palavras do autor, aquela que
conseguir evitar um “dano mais sério”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;">Importante
aqui, retornar à questão das externalidades, já mencionadas anteriormente, pois
elas são centrais para a inteligibilidade do Teorema de Coase. Em sentido
prático, as externalidades dizem respeito a tudo aquilo que o consumo privado
ou a produção de um bem ou serviço traz em termos de efeito para toda a
sociedade. A produção ou o consumo de um bem ou serviço poderá afetar a um
terceiro que não está diretamente associado a essa produção ou a esse consumo
desse bem ou serviço. As externalidades são valoradas pelas pessoas, mas não
são passíveis de transações mercantis. Elas podem ser positivas ou negativas,
isto é, o consumo ou a produção de um bem ou serviço pode trazer consequências
benéficas ou nocivas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;">Uma
das bases da qual partiu Ronald Coase para construir o seu Teorema foi a obra
de Arthur Cecil Pigou. Foi ele, na década de 1920 quem primeiro teorizou sobre
essa questão. Segundo ele, as empresas perseguiam seus próprios interesses prescindindo
da preocupação com os custos externos das suas atividades econômicas. Por
outros termos, careciam as empresas de estímulos (econômicos financeiros) que
as compelissem a internalizar os custos sociais das suas atividades. Uma vez
que nem os produtores nem os consumidos dos bens e serviços levam em conta os
custos externos (as consequências a toda a sociedade) das suas ações, todo esse
conjunto de atividades não se dará dentro de um quadro de equilíbrio de
mercado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;">Coase,
em seu artigo original, cita o estudo de Pigou:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing">O presente ensaio versa sobre as ações das firmas de
negócios que geram efeitos danosos em outros. O exemplo padrão é aquele da
fábrica cuja fumaça causa efeitos aos ocupantes de propriedade vizinhas. A
análise econômica de uma situação como essa se dá, geralmente, nas bases da
divergência entre o produto privado e o social da fábrica, na qual os economistas
têm, largamente, seguido o tratamento dado por Pigou em <i>The Economics of
Welfare</i> (COASE, 1960. p.01)</p>
<p class="MsoNormal">Na sequência, alerta que seu artigo vem no sentido contrário
do autor citado. Para Pigou, o correto seria tornar o proprietário da fábrica
responsável pelos danos causados. Para tanto, seria preciso a intervenção do
estado, por exemplo, por meio da tributação. A figura mais característica dessa
intervenção seria o chamado Imposto Pigouviano, cujo objetivo seria reduzir o
consumo dos bens e serviços que geram externalidades, custos sociais negativos,
e, por conseguinte, alcançar o almejado equilíbrio de mercado e, no limite, a
eficiência econômica. Os governos também podem agir impondo limites para a
geração de externalidades negativas (normas, cotas, regulações). Quando são
impostos maiores alíquotas para produtores de cigarros ou bebidas, por exemplo,
o que se tem, na prática, são tributos dessa matriz teórica. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para Coase o caminho deveria ser o contrário, examinar o
sistema como um todo e não apenas cada situação em particular, como em um
êmbolo simples. O mais disruptivo da proposta de Coase, à diferença de toda
economia jurídica de seu tempo, foi pensar uma mudança paradigmática: Coase não
propunha mudanças NO sistema, mas mudança DE sistema, como se pode denotar na
conclusão do seu artigo:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Seria claramente desejável se as únicas ações realizadas
fossem aquelas nas quais o ganho gerado compensasse a perda sofrida. Mas, ao se
escolher entre arranjos sociais, em um contexto no qual decisões individuais
são tomadas, nós temos de ter em mente que a mudança no sistema existente, a
qual conduzirá ao aperfeiçoamento em algumas decisões, pode muito bem levar à
pioria em outras. Além disso, tem-se que levar em conta os custos envolvidos para
operar os vários arranjos sociais (se seria o trabalho de um mercado ou de um departamento
de governo), bem como os custos envolvidos na mudança para um novo sistema. Ao
se projetar e escolher entre arranjos sociais, devemos considerar o efeito
total. Isso, acima de tudo, é a mudança de abordagem, para a qual estou
advogando (COASE, 1960. p. 36)</p>
<p class="MsoNormal">Por fim, importa ainda ressalvar que para a justa
aplicabilidade da sua proposta teórica, no sentido da eficiência econômica, eram
necessárias algumas condições. Se estivermos em um sistema com regras claras e
bem definidas (inclusive contratos), com direitos de propriedade bem
delimitados, um tipo ideal de sistema econômico liberal, e nele emergir uma
externalidade negativa será muito mais conveniente e eficiente encontrar uma
alocação de recursos a partir de uma negociação, um acordo, entre as partes.
Como se vê, Coase avança sobre a proposta anterior de Pigou. Este, propunha que
as possíveis soluções viessem de fora, dos tributos, por exemplo; já Coase,
subverte completamente essa compreensão. A solução será sempre mais eficiente,
no sentido da alocação de recursos, se advinda de um acordo privado, ente as
próprias partes. Nesse sentido, pode afirmar que regras jurídicas e
governamentais não afetam (necessariamente) a eficiência na alocação das
externalidades, dos custos. E isso porque as partes sempre irão negociar as melhores
soluções (o chamado Ótimo de Pareto<a href="file:///C:/Users/guilh/Desktop/teorema%20de%20COASE.docx#_ftn3" name="_ftnref3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: #1d2125; mso-bidi-font-family: Arial;"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></span></a>), ressalvando que,
nesses casos, não haja custos de transação e que os direitos estejam claramente
definidos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ora, a proposta ou princípio teórico implícito no Teorema de
Ronald Coase soa como música aos ouvidos da Teoria Econômica do final dos 30
Anos Gloriosos, o ocaso do Walfare State municiado pelos princípios econômicos
keynesianos. Escrito há mais de três décadas, o Artigo de Coase é coroado pelo
Nobel de Economia, é a teoria econômica, que estabelece um novo paradigma
jurídico, muito conveniente para seu tempo: o neoliberalismo. É disso que
trataremos na conclusão do texto. <o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">CONCLUSÃO – A TEORIA
REFLETE AS IDEIAS DE SEU TEMPO<o:p></o:p></span></b></p>
<p style="background: white; margin: 0cm;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal">Quando vem à luz o texto clássico de Coase, o artigo “O
problema do custo social” (COASE, 1960), o mundo era muito diferente do de
hoje. Era um mundo que ainda reorganizava-se dos horrores das duas grandes
Guerras. Nos países de capitalismo central vigiam políticas keynesianas que
lhes propiciava bem estar social e, com ele, uma barreira que continha, nos
planos político e econômico, algumas conquistas alcançadas pelos trabalhadores
do outro lado da Cortina de Ferro (Oliveira, 2009. p. 243). Foi também um tempo
no qual ocorreram os “processos de descolonização da África e da Ásia,
sobretudo entre as décadas de 1960 e 1970, [trazendo] novos países para o
cenário internacional” (SANTOS, 2017). Esse quadro em tela rebateu sobre a
Europa e os Estados Unidos (embora não somente, mas sobretudo) a necessidade de
responder teórica e juridicamente a essas mudanças geopolíticas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Depois de três décadas de Walfare State, do chamado Estado
de Bem estar social nas economias econômicas mais ricas do Globo, esse cenário
geopolítico entra em crise. Dessa crise, surge o que denominamos hoje de
“neoliberalismo”. Os exemplos mais acabados destas economias são os governos da
Primeira Ministra da Grã-Bretanha, Margaret Thatcher (entre os anos 1979-1990);
do presidente estadunidense Ronald Reagan (entre os anos 1981-1989), e do
Chanceler alemão Helmut Kohl (entre os anos 1982-1990) – atravessando a
reunificação da Alemanha em outubro de 1990. Depois disso “a onda se espalharia
para toda a Europa e, mais tarde, para toda América Latina e para o mundo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O neoliberalismo ganhava a dimensão de uma ideologia
hegemônica em substituição à hegemonia keynesiana anterior” (GENNARI, 2009.
p.323), a do Estado de bem estar social. Era um contexto geopolítico convulso
com a “Queda do Muro de Berlin” em 1989, simbolizando o desprestígio das
economias socialistas como alternativas políticas; e a ascensão de programas de
privatizações de empresas estatais – tanto na Europa quanto na América. A ingerência
destas fortes economias foi decisiva para as ações dos movimentos sociais,
sindicais e trabalhistas. Evidenciam-se graves problemas econômicos e estruturais
em países de economia pouco desenvolvida, restringem-se os investimentos das
finanças públicas; e em contrapartida, os governos estimulam investimentos do
setor privado, causando assim uma retração nas reformas sociais e uma perda no
peso do setor público. Convém deixar claro que o “neoliberalismo”, não é o
incremento de um Estado liberal, tal qual concebemos o liberalismo até 1929, mas
a ação de um tipo de Estado mínimo, do ponto de vista da atenção às agendas
sociais, porém militante e ativista no que se refere às relações com os mercados
e com o capital.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não é coincidência que o Teorema de Coase tenha sido
concedido dois anos depois do Consenso de Washington. Era preciso uma teoria
jurídico econômica que expressasse os anseios de um sistema ávido por
conquistar espaço correndo o menor risco (econômico e jurídico) possível. Depois
de aproximadamente meio século de economia keynesiana o liberalismo ressurge em
todo seu esplendor: proteção da propriedade privada e o livre mercado com seu
ideário de autoregulação. As superpotências tem um acúmulo de capital sem
precedentes e buscam expandir suas fronteiras geográficas buscando lugares no
mundo para implantar plantas produtivas. É sobre isso que recomenda o Consenso
de Washington. Haveria uma corrida rumo à América, à Ásia e à África encampando
regiões produtivas de matérias primas e privatizações de empresas públicas
nacionais, que eram, nesses países, o braço empreendedor do estado. Era
preciso, ainda desregulamentar o mercado e eliminar de barreira fiscais. Por
outros termos, haveria um forte impacto nas economias locais com consequências
muito profundas sobre a vida da população. Dessa forte expansão produtiva
decorreria muitos impactos sobre os ecossistemas, afetando flora, fauna, meio
ambiente e, em decorrência disso, muito provavelmente, uma avalanche de ações
jurídicas requerendo direitos, indenizações, acordos judiciais, que inundariam
os sistemas judiciários desses países. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É nesse cenário que o texto de Coase, escrito trinta e um
anos antes recebe sua consagração com o Prêmio Nobel de Microeconomia. É a
resposta teórica aparentemente mais conveniente (dos mercados) para os
problemas materiais com que se defrontariam as economias neoliberais
emergentes. É a resposta certa, do ponto de vista das economias ricas, para os
problemas mais agudos das economias mais pobres. Problemas que as economias
mais pobres jamais se defrontariam se as economias mais ricas não lhes tivessem
chutado a escada (CHANG, 2004). O Consenso e o Teorema, paridos em um parto
gêmeo, são o <i>dog whistle</i> para os mercados e economias locais buscarem
soluções que prescindam do estado, do judiciário. Liberam essas instituições de
algo que da sua natureza compulsoriamente social e política. Em qualquer outro
contexto tal proposta soaria tão absurdo quanto de fato o é. Mas ali, não.
Soou, em verdade, como a melhor proposta. E isso por uma simples razão, porque
não foi uma proposta, foi uma imposição. Ideologia neoliberal apresentada,
imposta como solução barata, eficiente e moralmente justificada pela
sacralização do mercado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É inequívoco concluir que, para Coase, e isso está claro em
seu Teorema, o mercado traz as melhores soluções para os problemas que ele
próprio cria. Coase usa o exemplo do caso judicial Sturges end Bridgman, em que
um fabricante de doces barulhento é vizinho de um médico silencioso, que tem
seu trabalho importunado por aquele, tal que ambos foram à justiça para
determinar quem deveria se mudar. Aqui iremos prescindir de cálculo
econométricos para explicar a solução do problema, apenas sinalizaremos que a
solução mais adequada será sempre aquela buscada entre as partes, pressupondo
aquelas condições apontadas anteriormente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Transportando esse princípio econômico jurídico para as
relações de mercado típicas de uma economia neoliberal, a mensagem é clara:
socializar os custos, mas, obviamente, manter os lucros privados, afinal de
contas, para o mercado isto é algo inquestionável. Quando algum agente do
mercado é forçado pelos tentáculos do estado a indenizar outro agente a quem
causou dano, isso, segundo a doutrina jurídica neoliberal, causa danos a toda
sociedade, altera todo o sistema de preços, por isso pouco eficiente.
Eficiência, aqui, é eufemismo para prejuízo privado, para responsabilidade
fiscal, econômica, moral. Socializar os custos, algo concreto, em nome de um
benefício social mais amplo, algo abstrato, é uma estratégia econômico jurídica
tanto genial quanto perversa. O léxico do capital é nesse tipo de estratégia
narrativa que obnubila os verdadeiros custos sociais em nome da acumulação do
lucro privado. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Se em 1910 houvesse um curtume no subúrbio de Londres
liberando substâncias venenosas que intoxicassem as crianças do local, muitos
na Inglaterra teriam se preocupado em proteger seus habitantes dos crimes que
muitas atividades industriais causam no seu entorno. Mas nesse tempo, entre
1880 e 1914 os tentáculos do domínio colonial britânico estavam sobre a Índia
(incluindo o Paquistão e Bangladesh), a Birmânia, a Malásia, a Austrália e Nova
Zelândia e arquipélagos do Pacífico, sobre o território africano entre o Cairo
e o Cabo e ainda detinha concessões na China, no Canadá e em parte das
Caraíbas. Era lá que os resíduos de suas atividades industriais, da segunda
Revolução Industrial, intoxicavam impunemente seres humanos longe da metrópole.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Mas se Ronald Coase, aquele menino suburbano e pobre tivesse
sido uma vítima desse sistema que mais tarde ajudou a proteger talvez não
tivesse sobrevivido para criar a teoria que protegeu o sistema, edulcorando um
sistema sombrio que esconde a inequivalência ente direitos desrespeitados e sua
necessária responsabilização, entre o inequívoco direito de indenização por
danos sofridos e a obrigação de indenizar por parte de quem o causou,
independentemente do custo econômico que possa vir a acarretar. O pequeno
Ronald, se fosse uma criança da colônia, ao invés do império, teria sentido na
pele o fato de que o custo não é social, ele é pessoal, na prática a teoria é
sempre um pouco diferente. Sua teoria pressupõe compreender que o custo deve
ser como que diluído por toda sociedade, socializado. Sua teoria, seu Teorema,
é o corolário da economia jurídica neoliberal, onde o custo é social, mundano,
real; já o lucro, desse não se fala, pois é privado, intocado e sagrado. <o:p></o:p></p>
<p style="background: white; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 6.0pt;"><b><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">BIBLIOGRAFIA<o:p></o:p></span></b></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">BUENO, Newton Paulo. Contribuições da Nova
Economia Institucional à Pesquisa em História Econômica. EST. ECON., SÃO PAULO,
V. 34, N. 4, P. 777-804, OUTUBRO-DEZEMBRO, 2004. </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="https://m5.gs/Qkc4ak%20acesso%20em%2019/09/2022"><span style="mso-bidi-font-family: Arial;">https://m5.gs/Qkc4ak acesso em 19/09/2022</span></a></span><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: a
estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica.. São Paulo: Editora
UNESP, 2004.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">COASE, Ronald Harry. O problema do custo
social. THE JOURNAL OF LAW & ECONOMICS. Universidade da Virgínia, volume
III/outubro, 1960. Disponível em <l1nq.com/UZY62> acesso em 20/09/2022. <o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">G1. Ronald Coase, Nobel de Economia, morre
aos 102 anos nos EUA. Site do G1, 2013. Disponível em: <</span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"> </span><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">http://glo.bo/3diqsVc>. Acesso em: 16/09/2022.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">OLIVEIRA, Roberson de. GENNARI, Adilson
Marques. História do Pensamento Econômico, Editora Saraiva, São Paulo: 2009.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">RODRIGUES JÚNIOR, Otávio Luiz. Coase foi um
dos pais da Análise Econômica do Direito. Conjur, setembro de 2013. Disponível
em <l1nq.com/95R8M> acesso em 19/09/2022<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">SANTOS, João Júlio Gomes dos. SOCHACZEWSKI,
Monique. História global: um empreendimento intelectual em curso. Tempo
[online]. 2017, v. 23, n. 3 [Acessado 16 Setembro de 2022], pp. 483-502.<o:p></o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p style="background: white; margin: 0cm; text-indent: 0cm;"><span style="color: #1d2125; font-family: "Arial",sans-serif;">VALÊNCIO, Márcio Machado. A Firma, o Mercado
e o Direito. MISES: Interdisciplinary Journal of Philosophy Law and Economics,
vol. 4, núm. 2, pp. 579-582, 2016.<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: footnote-list;"><!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText" style="text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/guilh/Desktop/teorema%20de%20COASE.docx#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
Arnold Plant (1898-1978), economista britânico, formado na London School of
Economics, lecionou na Universidade da Cidade do Cabo e, posteriormente, na
LSE. Sua obra clássica é "The Economic Theory concerning patents for
inventions", publicada em 1934.<o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn2" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText" style="text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/guilh/Desktop/teorema%20de%20COASE.docx#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
Esse termo requer uma notação: embora praticamente todas as resenhas, análises,
interpretações do referido Teorema tratem nomeadamente dessa questão dessa
questão, esse termo não comparece no artigo original (COASE, 1960). A sua
utilização parece resultar da recepção ulterior que a Análise Econômica do
Direito fez da teoria original. <o:p></o:p></p>
</div>
<div id="ftn3" style="mso-element: footnote;">
<p class="MsoFootnoteText" style="text-indent: 0cm;"><a href="file:///C:/Users/guilh/Desktop/teorema%20de%20COASE.docx#_ftnref3" name="_ftn3" style="mso-footnote-id: ftn3;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>
O ótimo de Pareto é um estado em que os recursos estão alocados da forma mais
eficiente possível. Também denomina-se Eficiência de Pareto o conceito
desenvolvido pelo italiano Vilfredo Pareto, que define um estado de alocação de
recursos em que é impossível realocá-los tal que a situação de qualquer
participante seja melhorada sem piorar a situação individual de outro
participante.<o:p></o:p></p>
</div>
</div><br /><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-72376524071258881612022-09-11T06:50:00.006-07:002022-09-11T06:52:50.485-07:00PAYADA MARXIANA<div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="359" src="https://www.youtube.com/embed/NF2AU1moAaw" width="589" youtube-src-id="NF2AU1moAaw"></iframe></div><div><br /></div><div>O que nos ensina Marx?</div><div>Nos ensina a duvidar</div><div>Nos ensina a pesquisar</div><div>De que é feita a essência </div><div>Oculta sob a aparência</div><div>E de que é feito o concreto</div><div>Nos mostra o jeito correto</div><div>De como fazer ciência</div><div><br /></div><div>Mas o que é a aparência?</div><div>É a expressão de um fenômeno</div><div>Apenas o prolegômeno</div><div>De algo bem mais profundo</div><div>É como aparece o mundo</div><div>Olhando à primeira vista</div><div>A realidade antevista</div><div>Por um processo fecundo</div><div><br /></div><div>Que mais... Marx ensina?</div><div>Que o ser humano é central</div><div>E isso é ser radical </div><div>Além de emancipador</div><div>É algo libertador</div><div>Em um sentido profundo</div><div>E este é o pano de fundo</div><div>De um mundo devastador</div><div><br /></div><div>E por que é devastador?</div><div>Porque é um mundo desumano</div><div>Radicalmente mundano</div><div>Que reifica o trabalhador</div><div>É um processo esmagador</div><div>Que mortifica o trabalho</div><div>Transforma num rebotalho</div><div>O que em verdade é valor</div><div><br /></div><div>Mas o que é esse valor?</div><div>É o que vem do trabalho</div><div>Como uma gota de orvalho</div><div>Do suor do proletariado</div><div>Do esforço em tempo contado</div><div>Que nunca para um minuto</div><div>Restando disso um produto</div><div>Que sempre nos foi tomado</div><div><br /></div><div>E por que nos é tomado?</div><div>Porque nos falta consciência</div><div>Não nos falta competência</div><div>Quem sabe organização</div><div>Talvez conscientização </div><div>Que é sempre um primeiro passo</div><div>Quando se busca o compasso</div><div>Rumo à revolução</div><div><br /></div><div>Mas o que é revolução?</div><div>Transformação como tal</div><div>Subverter o capital</div><div>Num mundo onde a riqueza</div><div>Não seja só um privilégio</div><div>Não pareça um sortilégio</div><div>Ou coisa da natureza </div><div><br /></div><div>E o que é o capital?</div><div>Que não é coisa, é processo</div><div>Concentração em excesso </div><div>De valor que se expropria</div><div>Produção de mais valia</div><div>De valor na mão de poucos</div><div>Mas irão chamar de loucos</div><div>Quem luta pela alforria </div><div><br /></div><div>E por que chamam de loucos?</div><div>Quem desse mundo discorda</div><div>Quem desse mundo se acorda</div><div>Sem conhecer os cantões</div><div>Ou as determinações</div><div>Que o faz ser o que é</div><div>Mas nós sabemos por que é</div><div>Que ocorrem revoluções</div><div><br /></div><div>Se esse mundo aparente</div><div>Revelasse sua essência</div><div>Não faltaria consciência </div><div>À classe trabalhadora</div><div>A realidade enganadora</div><div>Que a abstração nos revela</div><div>E que o concreto é uma tela</div><div>De aparência tentadora</div><div><br /></div><div>Mas se toda aparência</div><div>Revelasse sua essência</div><div>Não precisaria de ciência </div><div>Pra sua elucidação</div><div>Bastava observação</div><div>Da realidade hipotética</div><div>Por isso é que a dialética</div><div>É a forma da exposição</div><div><br /></div><div>Todo começo é difícil</div><div>Em toda e qualquer ciência</div><div>Pois despertar a consciência </div><div>E a lucidez que refuta</div><div>A mais valia absoluta</div><div>Do submundo burguês</div><div>É a faina do Galo Gaulês</div><div>Nos convocando pra luta</div><div><br /></div><div>E como faremos isso?</div><div>Há um método que nos orienta?</div><div>O mesmo que impacienta</div><div>E nos empurra pra frente </div><div>Nos guia materialmente</div><div>No longo curso da história</div><div>De forma contraditória </div><div>E dialeticamente</div><div><br /></div><div>Mas o que é contradição?</div><div>Nem sempre é contraditório </div><div>É um vasta de um repertório</div><div>Que pressupõe dois momentos</div><div>Reunindo os dois eventos </div><div>A um só tempo num só</div><div>E esse é o quiproquó </div><div>Negação e complemento </div><div><br /></div><div>Mas é fácil compreendê-la</div><div>Não é uma teoria esma </div><div>É a realidade mesma</div><div>Transposta para o papel</div><div>É como um verso em cordel</div><div>Que vai costurando o mundo</div><div>Mostrando a cada segundo</div><div>Que a vida não é ouropel </div><div><br /></div><div>Mas não é somente isso</div><div>Que ensina o Velho Barbudo</div><div>Também não ensina tudo</div><div>Pois é impossível fazê-lo</div><div>Desenrolar o novelo</div><div>Das teorias marxistas</div><div>É obra dos socialistas</div><div>Para a qual não tem modelo</div><div><br /></div><div>Por isso tudo é que Marx</div><div>Não é só um autor correto</div><div>A dialética do concreto</div><div>É a arma do proletário</div><div>Farol em tempo brumário</div><div>Lamparina em noite escura</div><div>A explicação mais madura</div><div>Do viés revolucionário</div><div><br /></div><div>Por isso é que ensino Marx</div><div>O mais humano mestres</div><div>O mais mítico terrestre</div><div>O mais mourisco urutago</div><div>Que provocou mais estragos </div><div>Na muralha liberal</div><div>O Terror do Capital</div><div>O mais vermelho dos magos</div><div> </div><div>Só digo mais uma coisa</div><div>Sobre esse velho renano</div><div>Que ensinou que o ser humano</div><div>É o centro mesmo da vida</div><div>E disso ninguém duvida</div><div>Pois contra um sistema exangue</div><div>Se nas veias tiver sangue</div><div>A revolução te convida<br /></div>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-14662931690782359182022-07-26T06:28:00.014-07:002022-10-04T10:53:26.462-07:00Qual o próximo ato do golpe em marcha no Brasil?<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/-gy_XdWrb8k" width="320" youtube-src-id="-gy_XdWrb8k"></iframe></span></div><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><br />O
conhecido golpe de 1º de abril de 1964 não começou a ser arquitetado em março
daquele ano, pelo contrário, se olharmos com atenção, podemos perceber que já
há investidas em sua direção desde mais de uma década antes. Em outubro de
1950, Getúlio Vargas vence a eleição e volta ao governo pelo voto popular com 48,7%.
O retorno de Getúlio ao poder desagradou profundamente as elites econômicas que
acreditavam ter se livrado de um governante com forte apoio popular, eleito por
um partido trabalhista, o PTB, e consagrado por uma política de aguda digestão
moral da pobreza. <o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Ouve-se
dizer que Lacerda mencionava que Getúlio não podia sequer ser candidato. Se fosse,
não poderia ser eleito, se o fosse, não poderia tomar posse, se tomasse não
poderia governar. E essa foi mesmo a tônica da eleição, da posse e dos
primeiros anos do governo de Getúlio. Nunca teve sossego, o golpe sempre esteve
à espreita. A expressão “mar de lama” era largamente utilizada pelos opositores
do presidente Getúlio Vargas para designar a corrupção que teria caracterizado
seu segundo governo. As tentativas de derrubá-lo nunca cessaram. Em agosto de
1954 o velho caudilho ofereceu seu corpo suicidado e martirizado para deter o
golpe então em curso. Adiou. Diante daquela comoção popular não havia clima
político para concretizar um golpe contra a classe trabalhadora.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Mais
adiante, entre 25 de agosto e 7 de setembro de 1961, Leonel Brizola comanda a
Campanha da Legalidade contra uma tentativa dos ministros das Forças Armadas de
veto à posse de Jango, automática e constitucional, decorrente de uma carta de
renúncia de Jânio Quadros, provavelmente escrita depois de uma forte bebedeira.
A Campanha teve sucesso e mais uma vez a concretização do golpe em curso foi
adiado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Assim,
ao tentarmos compreender o “Golpe de 64” não podemos prescindir de um
escrutínio minucioso de suas distintas “fases” (anteriores e posteriores) que
percorrem um tempo histórico de aproximadamente 18 anos: eleição democrática de
Getúlio em 1950, seu suicídio em 1954, a Campanha da Legalidade em 1961, o
Golpe propriamente dito em 1964 e seu recrudescimento, com o Ato Institucional
nº 05, em dezembro de 1968.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Creio
que, pelas mesmas razões, para compreendermos o golpe em marcha no Brasil nesses
meados de 2022 devemos retroceder até a eleição de Dilma Rousseff em outubro de
2010. Para que cada fase dessa análise ganhe contornos conceituais tomo de
inspiração a criativa nomenclatura criada pelo jornalista conservador Elio
Gaspari ao nomear as distintas fases da Ditadura Militar-Empresarial decorrente
do golpe de 1964: “A ditadura envergonhada”, enquanto ela não se assumia como
tal; “A ditadura escancarada”, sua fase mais brutal; “A ditadura derrotada”
pelas eleições de 1974; “A ditadura encurralada” pela abertura política e “A
ditadura acabada” pelo governo de transição do general Figueiredo entre 1978 e
1985.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Chamo
de “golpe encapsulado” o tempo decorrente entre a primeira eleição de Dilma e
os movimentos de junho de 2013. A partir daí denomino de “golpe edulcorado” o
interstício temporal que pinta o golpe com as cores falsamente benévolas da
revolução colorida em curso no Brasil. Em 2016, com a derrubada de Dilma, num
golpe sórdido, midiático, parlamentar, misógino, “com Supremo e com tudo”, o
impeachment toma os contornos de um “golpe legalizado”. Dois anos depois, com a
eleição ilegítima de um títere dos valores sociais mais deletérios, um
espantalho miliciano com cérebro de chimpanzé, tem-se o “golpe
institucionalizado” em toda sua plenitude. Quem não for homem, branco, social e
economicamente bem situado compreende com muita facilidade qual o sentido da
eficácia do funcionamento das instituições no transcurso desse golpe atualmente
em marcha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">No
instante mesmo da eleição de Dilma Rousseff à sucessão dos dois governos de
Lula iniciou-se o “golpe em câmera lenta”, nas palavras de Vladimir Safatle.
Obviamente sempre houve conspirações contra um governo que a despeito dos
ganhos financeiros da burguesia, sempre demonstrou uma aguda sensibilidade com
as camadas mais pobres da sociedade, com os trabalhadores, com a educação, com
a democracia, com a institucionalidade. No entanto, como alerta Alysson Mascaro
em “Crise e Golpe”, o golpe foi quantitativo e não qualitativo na medida em que
se trata materialmente de um “rearranjo no seio da concorrência entre frações
do capital internas e internacionais” sumariamente compreendido como “um golpe
de classe burguês contra as classes trabalhadoras” (MASCARO, 2018. p. 91). Explico.
De conjunto, as mesmas forças que atuavam nos interstícios do poder continuaram
sua atuação. O que alterou substancialmente foi a relação entre capital e trabalho,
entre burguesias (mercado financeiro, agronegócio, ramo industrial) e a classe
trabalhadora. É um modelo de golpe que “mais atualiza suas possibilidades que
propriamente altera suas bases” (ibidem). Em resumo, o que mudou não foi a
qualidade do regime político econômico, mas sim, a quantidade de mais valor da
força de trabalho que as burguesias extraem da classe trabalhadora, via
reformas trabalhista e previdenciária, austericído fiscal e corrupção
normativa, isto é, normatizada por aparatos legais antidemocráticos formalmente
legais e essencialmente corruptos, pois corrompem o pacto burguês democrático.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">O
golpe ali já está latente, mas encapsulado, portanto, não visível! Só o tempo
decorrido desde então nos permite vê-lo com nitidez. Havia já desde então um
golpe em curso no Brasil. No entanto, ele eclode de seu casulo com as
manifestações de junho de 2013. Ali o golpe aparece para o público em todo seu
esplendor, mas edulcorado com as tonalidades benévolas de uma revolução
colorida pretensamente espontânea e apartidária, “pelo Brasil”, sem bandeiras. Ora,
sou de uma geração que lutou para tê-las, tenho 51 anos e vivenciei na escola
os anos derradeiros da Ditadura civil militar, quando não eram possíveis os
direitos políticos. Portanto, sempre entendi como temerárias as ações e os
discursos da narrativa chauvinista, ufanista e messiânica dos movimentos
iniciados naquele junho de 2013. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Foram
precisos três anos de maturação para que o golpe edulcorado pela revolução
colorida incorporasse um cariz de legalidade. O gângster que presidia a Câmara
soube identificar o momento mais favorável para pautar a votação do impeachment
da presidenta Dilma, eleita democraticamente e derrubada por um golpe
legalizado pelas instituições que sempre funcionaram, se bem que somente em
favor de quem lucra com a mais valia extraída da classe trabalhadora. É
simbólico que o mentor do golpe, e seu principal beneficiário, assumindo o
cargo da presidência, seja um consagrado professor de Direito Constitucional. O
golpe está então legalizado, é saudado pelas classes dominantes, pela mídia
burguesa, venal, de cativeiro, pode-se então chama-lo de impeachment. Um crime
perfeito!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">No
entanto, o serviço ainda não está acabado, é preciso ainda institucionalizá-lo,
recolocar a democracia nos trilhos, deslizar de um governo de transição, para
um governo que tenha votos para chamar de seus. O golpe institucionaliza-se em
2018 com a eleição de alguém disposto a implantar a agenda ultraliberal, internamente
tocada pela lúmpem burguesia nacional, associada e à serviço do capital
internacional. Reconheçamos que não foi uma tarefa simples. Para tanto, as
classes dominantes, à custa do sequestro das Instituições, prenderam
inconstitucionalmente o candidato que as pesquisas sinalizavam na época como
vitorioso, impediram-no até mesmo de falar, com medo de que sua voz, rouca e
perigosa, reverberasse nos ouvidos da classe trabalhadora fazendo-a votar no
candidato comprometido com interesses populares. O juiz responsável pela
prisão, recebeu, como prêmio, o cargo de Super Ministro da Justiça no governo
do candidato beneficiado com seus julgamentos espúrios. Tanto o ex-juiz, como
suas sentenças e o próprio processo, tempos depois, foram considerados
suspeitos e sem validade jurídica pela Suprema Corte brasileira, decisões essas
confirmadas por tribunais internacionais de justiça. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Não
houve eleição em 2018. O que ocorreu foi um protocolo eleitoral chancelado pelo
STE a despeito de suas ilegalidades. Nesse sentido, somos governados atualmente
por um governo sem nenhuma legitimidade, decorrente de um processo eleitoral
eivado de ilegalidades. E tudo isso dentro do campo institucional. É por isso
que denomino essa fase de golpe institucionalizado. No atual momento da
sociedade brasileira, muito se tem discutido se as Instituições estão
funcionando no sentido de garantir a democracia ou se estão capitulando frente
a uma investida contra as garantias democráticas, mesmo que formais e burguesas.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Alerto
aqui que muitos intelectuais tem a impressão de que elas estão funcionando
porque eles não figuram entre uma das quase um milhão de vítimas da Covid-19;
porque não são profissionais da saúde que trabalham sem EPI nos postos de saúde
pelo Brasil, porque suas avós ou netas não moram num acampamento do MST, ou
numa aldeia indígena, achacados pela retórica de ódio do governo; porque não são
professores da escola básica obrigados à precariedade do ensino remoto ou ao
temerário retorno da voltas às aulas presenciais; porque seus filhos ou filhas
não são balconistas no setor comerciário severamente expostos às perdas de
direitos trabalhistas, porque não ficaram presos sem provas por 580 dias,
porque não foi seu neto ou neta que morreu sem ter recebido de volta o tablet
tomado por um juiz parcial e corrupto; porque não depende do auxílio
emergencial para se (sub) alimentar, porque não foi condenado por “atos
indeterminados”. Do patamar de onde esses intelectuais veem o mundo as
Instituições parecem mesmo estar funcionando. Falo “parecem” à luz da história,
em outros tempos as sociedades demoraram em perceber a corrosão das
Instituições democráticas, e, quando perceberam, já era tarde demais! A Itália,
por exemplo, levou 5 anos para imergir no fascismo; a Alemanha mergulhou nele
em apenas 5 meses. E essa diferença se deu porque a crise nos anos 30 era mais
aguda do que na década anterior. Hoje, estamos imersos numa aguda crise
humanitária, econômica e política. A profundeza do nosso abismo é que ditará o
ritmo que nos levará à próxima fase do golpe em curso, ao fascismo aberto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">As
Instituições pararam de funcionar desde muito tempo! Pontualmente, quando um
deputado do “baixo clero” elogiou um torturador, facínora e abjeto, e não saiu
daquela Casa preso. As Instituições hoje apenas reagem, tentando se reerguer
das ruínas que se tornaram. O que os intelectuais burgueses chamam de
funcionamento pleno das Instituições democráticas, em verdade, não se trata da
ação delas cumprindo suas prerrogativas, de suas atribuições (justiça, saúde,
educação, segurança), o que elas fazem é política! E o fazem em favor daqueles
que as aparelharam ao seu favor e benefício. Assim, do ponto de vista da
democracia, elas sobrevivem artificialmente, como se estivessem sufocadas pelo
golpe em marcha.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Diante
disso, uma pergunta: qual o próximo ato desse golpe em marcha no Brasil? Temos
a oportunidade de interrompê-lo em 2 de outubro elegendo Lula no primeiro
turno. A eleição de Lula em 2 de outubro será um primeiro degrau de uma longa
escadaria que tentaremos subir nos próximos anos. Um virtual e possível próximo
governo Lula terá novamente a tarefa de retirar o Brasil do mapa da fome.
Possibilitar à classe trabalhadora sua reorganização, promover o reascenso das
massas, autônomas e emancipadas para decidirem os rumos da política econômica.
Caso contrário, mergulharemos num abismo sem fim cuja perspectiva é
imprevisível. Mesmo em um possível segundo turno há o perigo de uma escalada de
violência civil sem precedentes. Se for isso, não faço ideia de qual verbo no
particípio passado nominará o próximo ato do golpe em curso. Mas a eleição de
Lula no próximo 2 de outubro certamente imporá um intercurso ao golpe em
marcha, e aí, talvez, poderemos denominar o próximo ato de golpe interrompido,
cancelado, derrubado. Para marcar posição, precisamos antes estar vivos, e
nossa vida, nesse momento, depende da eleição de Lula em primeiro turno no
próximo dia 2 de outubro.</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Publicado (com algumas alterações) na Revista Úrsula em outubro de 2022</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 5pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif;">https://revistaursula.com.br/politica/como-interromper-o-golpe-em-marcha-no-brasil/</span></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-87951932479622110082022-04-22T10:22:00.002-07:002022-04-22T10:41:53.609-07:00A burguesia se considera a única usuária legítima da prática e da retórica da violência | Quando ameaçada envia seus prepostos<p> No dia 13 de abril postei esse vídeo no FaceBook. Depois de ficar 40 minutos na parada de ônibus, quando desci no centro gravei esse vídeo</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzn5hQJdsHJiKAPV4vOHGsKGr-d46IsTyarWRJbHS8xVMWkTFvPFdRfaV5WqokdnTATg0nFhbXD1qBT2jwA7g' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p>No dia seguinte, recebi essa mensagem direta de uma rádio local, através de um preposto, tomando satisfações sobre o conteúdo</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnMDOKVvgzJCPTYW1tNKNPnZTItDoX5xdXk9C0gavo1SCiNczmCYU3NIJ2cQWpX9aKzjzVo-q4rZ5nmMyzBi0phNK-3ZOD87KPAaEXGcCNkMaiLgNWif7NbQXmgK_zYNyt7F6x785ijSvjEwxV8tfxA-u1LWQulXnf09YWsis8b65Yq7h17DVq2ZMnaQ/s1599/WhatsApp%20Image%202022-04-22%20at%2014.08.01.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="899" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnMDOKVvgzJCPTYW1tNKNPnZTItDoX5xdXk9C0gavo1SCiNczmCYU3NIJ2cQWpX9aKzjzVo-q4rZ5nmMyzBi0phNK-3ZOD87KPAaEXGcCNkMaiLgNWif7NbQXmgK_zYNyt7F6x785ijSvjEwxV8tfxA-u1LWQulXnf09YWsis8b65Yq7h17DVq2ZMnaQ/s320/WhatsApp%20Image%202022-04-22%20at%2014.08.01.jpeg" width="180" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxDw0IRlxlaEU1i_mAioHF3g6U54dyUQtU_fSkhBgx5y2eqtJ65vn_jo2jVLnLH8IazENx53mbO6Z_usWsMcsNmlTduFSE-1i5P-mXBKE1ak3Kmf08TxBRyBeUDmsBG4LKlR3LLn5l_-RvozXqRACAM07HTQBWkctl9fmLUkf8fy21hyMb-vQFp6gpLQ/s1599/WhatsApp%20Image%202022-04-22%20at%2014.07.52.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1599" data-original-width="899" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxDw0IRlxlaEU1i_mAioHF3g6U54dyUQtU_fSkhBgx5y2eqtJ65vn_jo2jVLnLH8IazENx53mbO6Z_usWsMcsNmlTduFSE-1i5P-mXBKE1ak3Kmf08TxBRyBeUDmsBG4LKlR3LLn5l_-RvozXqRACAM07HTQBWkctl9fmLUkf8fy21hyMb-vQFp6gpLQ/s320/WhatsApp%20Image%202022-04-22%20at%2014.07.52.jpeg" width="180" /></a></div>Transcrevo abaixo o texto da mensagem<div><br /><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><div><i>Bom dia professor.</i></div></div><div><div><i>Me chamo Rafael Menezes, sou repórter do Grupo Diário. Vimos o seu vídeo sobre as condições do transporte público.</i></div></div><div><div><i>Gostaríamos saber sua opinião por ser um professor universitário a respeito do vídeo publicado nas redes sociais onde é citado que a classe trabalhadora e estudante devem atear fogo nos ônibus. Justamente essa parte da fala que tem gerado repercussão e polêmica.</i></div></div><div><div><i>O senhor sendo um professor universitário acredita que essa seja a alternativa para a melhoria do transporte público?</i></div></div><div><div><i>Se possível nos encaminhar um texto com sua opinião e as respostas para o fato citado.</i></div></div><div><div><i><br /></i></div></div><div><div><i>Seu nome completo, idade e ocupação?</i></div></div><div><div><i>Abraços e tenha um bom dia.</i></div></div></blockquote><div><div><br /></div><div>Minha resposta horas depois</div></div></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><div><p><i>olá Rafael, respondendo sua questão, é importante começar ressaltando que o fogo possui uma simbologia histórica marcante. Ele é um "simbologismo" político claro. Quem não lembra da Bastilha em chamas, imagem icônica que marca o início da Revolução Francesa, dia 14 de julho de 1889, quando a burguesia liberal põe fogo no símbolo do poder nobreza e clero? Quem também nunca estudou que as mulheres, consideradas impuras e perigosas eram incendiadas pela Igreja Católica, as chamadas Bruxas, como símbolo de seu poder e dominação sobre o conhecimento e controle do corpo feminino. Há também uma dito, um chavão, corrente nos meios "antifas", quando dizem "fogo nos fascistas", no sentido de enfrentá-los, combatê-los, seja com argumentos, seja mesmo na contenção física da violência do fascismo. Por tudo isso, sim, o "fogo" é um símbolo político que compõem uma retórica de luta e enfrentamento, por vezes real, por outras simbólica, do direito de resistir contra qualquer forma de opressão. Nesse sentido, entendo que o transporte público de Santa Maria, do qual sou usuário, é de péssima qualidade por basicamente duas razões: de um lado o total controle de setores do empresariado logístico sobre o setor. Um setor composto por burocratas que, no geral, jamais tomou um coletivo. Faltam linhas, as que existem estão sucateadas, não há respeito com os usuários, basicamente, trabalhadores e estudantes; por outro, a falta de organização da classe trabalhadora e do meio estudantil, historicamente enfraquecidos pela despolitização de suas formas organizativas, o Movimento Estudantil, os Sindicatos, os Movimentos Sociais, enfim, a sociedade civil organizada. Por todas essas razões, reafirmo que enquanto essas formas organizativas não retomarem suas agendas de luta, em especial pelo transporte público e de qualidade, o empresariado continuará oferecendo um serviço que mais se parece com transporte de "carga viva". Enquanto não houver reascenso da lutas populares, enquanto os estudantes e os trabalhadores organizados não puserem "fogo na situação" continuaremos sem haver contraponto aos setores ricos que governam Santa Maria.</i></p></div></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><p style="text-align: left;"><i>Reafirmo, parecem estar provocando desconforto intencionalmente para constantemente aumentar o valor da passagem sem nenhuma melhoria no serviço ou sequer manter as obrigações já têm.</i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>Um desses dirigentes do comércio e da indústria local nunca tomou um ônibus na vida, nunca voltou pra casa tarde da noite precisando do transporte coletivo ou do serviço público, suas mentes brilhantes só vislumbram os lucro$ que auferem transportando seres humanos como se fossem gado, gado humano. </i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>Eles sabem o que fazem. Transformam gente em gado porque é de gado que eles precisam para votar neles.</i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>Um grande abraço, satisfação em contribuir.</i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>Guilherme Howes</i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>51 anos</i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>Professor de Teoria Social e Ciência Política</i></p></div><div><p style="text-align: left;"><i>at.te,</i></p></div></blockquote><div><p>Conclusão: A burguesia se considera a única usuária legítima da prática e da retórica da violência | Quando ameaçada envia seus prepostos. </p><p>A lumpemburguesia local, face mais lacaia e mais covarde do rebotalho do empresariado regional, é que detém o controle do transporte público local. Maximizam lucros humilhando a classe trabalhadora, se manterão enquanto os estudantes e os trabalhadores não reagirem à altura!</p><p>Nunca mais responderam...</p><p>Na semana seguinte, mais uma patacoada do transporte de carga viva no transporte público de Santa Maria</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="361" src="https://www.youtube.com/embed/MbL2TNVXDEc" width="485" youtube-src-id="MbL2TNVXDEc"></iframe></div><br /><p><br /></p></div>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-7734881281735579622022-02-06T13:52:00.007-08:002022-02-06T13:53:11.266-08:00Considerações sobre a entrevista de Jones Manoel à Globo News. Por Regis Marat<p>Régis Marat: Jones Manoel é uma das maiores surpresas que surgiu na esquerda brasileira nos últimos tempos, porém suas teses e suas ideias nao são nada surpreendentes. Na entrevista citada concordamos com o rapaz que o racismo é constitutivo e é insuperável a partir da lógica do capital. Porém, o jovem comunista, na mesma entrevista, reproduz as teses do velho PCB como no caso do seu stalinismo requentado ou o politicismo da jovem esquerda não marxista, como por exemplo a vazia e abstrata tese da frente de esquerda. No primeiro exemplo, ele propõe um socialismo que contemple as “particularidades”, como se existisse um socialismo que não as contemplasse, é a mesma aberração do PSOL que propugna um socialismo com liberdade, como se existisse um socialismo sem liberdade. Aliás, tanto Jones quanto o PSOL se referem a monstruosidade do Leste Europeu; para o primeiro faltou apenas incluir as minorias, já para o partido do Boulos e cia, faltou apenas uma pitada de liberdade no socialismo realmente existente. </p><p>No que diz respeito a frente de esquerda, o jovem comunista adota a velha tese do PCB que entendia essa questão como um aglomerado de partidos e organizações que se autointitulam no mesmo campo, sem considerar ou desconhecendo que uma frente dessa natureza deve ocorrer em torno um programa econômico alternativo que possa unificar essas agremiações ou personificações que representem a mesma perspectiva, e não apenas a justaposição de organizações políticas de esquerda. </p><p>Voluntarista e politicista, Jones ainda tem como referência a falácia do stalinismo ou sua versão mais degradada que é o maoismo, ambas ideologias fracassadas e produto da barbárie do capital coletivo não social que emergiu do malogro da Revolução Russa de 1917 e da Revolução Chinesa de 1949. Jones, ao pensar no socialismo vasculha o lixão da história e recicla o passado como alternativa para o presente, se esquecendo da velha tese marxiana que diz que devemos arrancar poesia do futuro. </p><p>Em um texto no Blog da Boitempo, o jovem comunista do PCB, numa clara defesa do obreirismo e do anti-intelectualismo que caracteriza a esquerda brasileira em geral, acusou Chasin, Meszaros e Lukacs de serem teoricistas, esquecendo-se o mancebo comunista que o rigor teórico intelectual entre nós não é uma opção. Se esses autores citados por Jones são teoricistas pelo rigor que imprimem em suas análises, fico imaginando o que ele não diria de Marx quando escreveu o capital!!!</p><p>Jones é herdeiro do marxismo epistemológizante althusseriano que imputa elementos estranhos ao pensamento de Marx provenientes do campo da psicanálise, principalmente do irracionalismo lacaniano. Isso sem contar o esquartejamento epistemológico que Althusser faz de Marx com seu anti-humanismo que tem como fonte o pensador alemão Heidegger, filósofo declaradamente nazista.</p><p>Se o jovem e promissor Jones Manoel vem chamando a atenção da grande mídia é porque no campo da verdadeira esquerda não é grande coisa. Mas penso que como todo grande marxista, Jones ainda tem chance de perceber que as proposições teóricas marxianas são proposições ontológicas e não gnosio-epistemicas como quer a maioria dos marxistas. Assim O jovem Jones Manoel poderá organizar a cabeça pelo mundo e não o mundo pela cabeça como vem fazendo are aqui.</p><p><br /></p><p>Regis Marat</p><p><br /></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-77151840302253639132021-11-15T10:04:00.001-08:002021-11-15T10:04:00.146-08:00Entrevista para matéria da SESUNIPAMPA sobre o retorno presencial<p> </p><p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Como o sindicato entende que estão as condições
do trabalho docente neste retorno do semestre letivo?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Parece-me que o sindicato está atento e sensível à
precariedade do trabalho docente que este quarto semestre em modalidade de
Ensino Remoto Emergencial tem proporcionado. Nos aproximamos de quase dois anos
sem contato (ao menos físico e direto) com o local de trabalho (campus, salas
de aula, salas de professores), com os alunos (as turmas, grupos de pesquisa) e
mesmo com a vida acadêmica mais cotidiana (extensão, eventos, ensino). Toda essa
virtualidade do trabalho e do convívio traz para o trabalho docente (com
consequências para a esfera pessoal de todas e todos) uma série de consequências
ainda não possíveis de serem mensuradas. Provavelmente, em um futuro breve, pesquisas
apontem o quanto todo esse processo tenha sido deletério para as carreiras e as
vidas mesmo de professoras e professores. Diante disso, o retorno às atividades
letivas deve estar centrado no acolhimento e na atenção às dimensões anímica e
psicológica, não só dos discentes, TAEs, como também dos docentes e seu
trabalho pedagógico. Os protocolos e as formalidades importam, obviamente, em
especial quando se trata do serviço público, mas a dimensão humana de cada
docente, em meio a tempos tão sombrios, creio ser a principal preocupação do
sindicato neste retorno do semestre letivo. E as condições de trabalho
proporcionadas pela Instituição (com significativas diferenças em cada Campus),
nesse momento, não parecem orbitar em torno dessa preocupação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Como o sindicato compreende que deveria ser
feito o retorno e por que ainda não é o momento para isso?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O retorno às atividades em modalidade presencial é um desejo
de toda a categoria, em especial por parte daqueles comprometidos com uma
universidade pública, universal e de qualidade. A política sanitária do governo
federal, temerária e incompetente, foi um flagrante impeditivo para um retorno
mais imediato e eficiente. Ao prevaricar de suas prerrogativas, o Governo
Federal fez com que as consequências da pandemia se estendessem e
recrudescessem. Ao fazê-lo tornou-se o responsável direto pelo problema que
agora exime-se de resolver. Os últimos cortes orçamentários nas áreas da
ciência e tecnologia são a denúncia dessa irresponsabilidade do Ministério da
Educação. A hora é de investimento e não de cortes de verbas para a área da
educação. O retorno às atividades presenciais não prescinde investimentos em
estrutura, condições sanitárias, serviços, agora tão mais necessários diante do
ainda indefinido quadro pandêmico brasileiro. Essa é a razão pela qual ainda
não é o momento para uma volta à normalidade. Se a fizéssemos de imediato,
poríamos em risco não somente a vida de toda a comunidade acadêmica como também
a vida dos nossos familiares.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Qual avaliação do sindicato sobre orçamento da
Unipampa e projeções de manutenção da universidade para o ano que vem?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não tenho conhecimento dos números exatos a respeito do
orçamento da Unipampa. No entanto, um quadro geral aponta para um verdadeiro “colapso”
orçamentário (<a href="https://www.brasildefato.com.br/2021/09/16/orcamento-de-universidades-federais-nao-repoe-perdas-e-reitores-temem-colapso-veja-numeros">https://www.brasildefato.com.br/2021/09/16/orcamento-de-universidades-federais-nao-repoe-perdas-e-reitores-temem-colapso-veja-numeros</a>)
ao sequer repor as perdas que as IFES vêm sofrendo nos últimos anos: na
Unipampa não é diferente! Vale ainda notar que o “recurso previsto para o ano
que vem é 15,3% menor do que o de 2019; volta das aulas presenciais deixará
custos em aberto”. Diante desse quadro apontado na matéria supracitada resta a
compreensão de que não são exatamente as tão propaladas “condições sanitárias”
que impedem ou retardam a volta ao presencial, muito menos a sugerida
indolência dos docentes, como sugere líder do governo na Câmara dos Deputados
ao dizer que "só professor não quer trabalhar na pandemia" (https://educacao.uol.com.br/noticias/2021/04/20/ricardo-barros-governo-critica-professores.htm),
mas efetivamente o custo financeiro das universidades com as portas abertas e
funcionando a pleno. Em síntese, a volta ao presencial seria de fato, a
necessária denúncia do estrangulamento por que passa o ensino público superior
brasileiro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Por favor, me diga seu nome, curso e campus que
leciona, para citação na matéria.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Guilherme Howes, professor de Teoria Social e Ciência
Política no Campus Sant’Ana do Livramento <o:p></o:p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-740320479932787732021-07-27T06:50:00.003-07:002021-07-27T06:53:04.327-07:00Considerações a respeito do PCB e a participação de Edmilson Costa no Ópera Mundi | por Regis Marat<p> <span color="rgba(var(--i1d,38,38,38),1)" style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit;">Minhas respeitosas considerações a respeito do PCB.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span color="rgba(var(--i1d,38,38,38),1)" style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; font-variant-ligatures: inherit; font-weight: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikVD_zx99sb8m3X0EqJASmyNRAN9sq5gaIJ-y5AdwqKlWsxVBHk2C5S52is-yBfL7yZp9Y2f5xPipaebR1htTM-9Qj-dpSbcWF-SLw0aYnJDPJyMFx9dP6cI0cFdFPaWQjrVQs_1FC6SAO/s2048/O-PCB-e-a-vida-nacional0306092000202103021600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1297" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikVD_zx99sb8m3X0EqJASmyNRAN9sq5gaIJ-y5AdwqKlWsxVBHk2C5S52is-yBfL7yZp9Y2f5xPipaebR1htTM-9Qj-dpSbcWF-SLw0aYnJDPJyMFx9dP6cI0cFdFPaWQjrVQs_1FC6SAO/s320/O-PCB-e-a-vida-nacional0306092000202103021600.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">O velho PCB é um partido que nasceu stalinista e vinculado a União Soviética. Sua principal linha teórica era o etapismo da Terceira Internacional que predominou até 1964. Mas durante a sua longa existência e em que pese seus equívocos, o velho PCB tinha aquilo que caracteriza um partido de esquerda de tipo leninista, ou seja, uma produção teórica de rigor e um programa econômico alternativo. Basta que citemos figuras como Caio Prado Júnior ou Nelson Werneck Sodré para citar dois exemplos de produção teórica distinta no interior do partidão. O PCB manteve até 64 a ilusão de completar economicamente o capital no Brasil se tornando caudatário da burguesia Brasileira, a famosa revolução burguesa.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">A história mudou completamente com o fim da Ditadura e o PCB que renasceu desse processo ou que acordou da hibernação desses 21 anos de chumbo, não guarda nenhuma semelhança com o velho partidão.</span></p><p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Primeiro que é um partido, como a esquerda em geral, que perdeu a capacidade de produzir teoricamente e de elaborar programas econômicos; é um partido que nunca entendeu que o PT nunca foi de esquerda, quando muito um partido na esquerda do gradiente político do capital, daí o equívoco do Edmilson em dizer que o PT estava em disputa até 2005 ou que a partir daquele momento o partido passou a uma conciliação de Classe com a burguesia. O PT nunca esteve em disputa, sempre foi comandado pela Articulação e nunca houve se quer espaço para disputas internas, aliás, as tendências abrigadas dentro do partido sempre foram utilizadas apenas para dar um verniz socialista ao partido, mas sempre foram cadáveres que o PT foi descartando no meio do caminho. O PT sempre se propôs a uma aliança de classes desde o seu nascedouro, aliás, nasceu da derrota da classe trabalhadora nos idos de 1980.</span></p><p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Quando a classe trabalhadora apontou na direção de mudança na estrutura econômica responsável pela ditadura, pela miséria das massas e pelo arrocho salarial, a derrota levou ao nascimento do PT que imediatamente propôs a luta politicista a partir do parlamento ou da conquista da democracia. Portanto um partido da ordem e que sempre se propôs a lutar pelo aperfeiçoamento do Estado e da política. Aliás, nunca enganou ninguém, sempre fez aquilo que se propôs e a partir do horizonte para o qual nasceu. E foi a partir dos seus limites politicistas e distributivistas que deixou um legado incontestável de matar a fome de milhões de brasileiros.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">O atual PCB ainda não conseguiu se livrar do entulho do Leste Europeu e insiste em tratar aquela experiência, assim como a China, como experiência socialista, só não consegue dizer como o edifício calapsou e faz do entulho um legado, quando deveria se lançar na tarefa, ainda necessária, de remoção dos escombros.</span></p><p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">O Edmilson ainda fala do potencial de uma classe trabalhadora que nos moldes que ele coloca nem existe mais, afinal a atual classe trabalhadora encontra-se numericamente reduzida, historicamente desmoralizada e destituída da substancialidade que a caracterizava enquanto agente histórico.</span><br style="background-color: white; color: #262626; font-family: -apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;" /><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">O PCB é um dos últimos partidos comunistas que resta no mundo e seu legado precisa ser preservado. Mas penso que o tempos mudaram e conduziram as possibilidades da humanidade para outros parâmetros teóricos práticos e organizativos que todos nós estamos com muita dificuldade em desvendar. Não é à toa que o PCB mantém em seus quadros grandes figuras intelectuais da estatura de José Paulo Netto entre outros, mas que são apenas figuras decorativas, ou um YouTuber famoso como Jones Manoel, por quem tenho muito respeito, mas cujo ecletismo de ideias costuradas no campo do marxismo se assemelha muito mais com a força da gravidade com seus trovões e raios que caem em qualquer lugar e que mais provocam mais. </span><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">incêndios do que geração de energia.</span></p><p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Mas parabéns ao PCB e sua nova fase, só falta agora se transformar em autêntico partido comunista dos novos tempos.</span></p><p><span style="background-color: white; font-size: 14px;"><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="color: #262626;">Regis Marat</span></span></p><p><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #262626; font-size: 14px;">Link para o vídeo</span></p><p><span style="background-color: white; font-size: 14px;"><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="color: #262626;">ENTREVISTANDO EDMILSON COSTA: O PARTIDÃO ESTÁ DE VOLTA?</span></span></p><p><span style="background-color: white; font-size: 14px;"><span face="-apple-system, BlinkMacSystemFont, Segoe UI, Roboto, Helvetica, Arial, sans-serif" style="color: #262626;">https://www.youtube.com/watch?v=heIJoGRyLlw&t=599s</span></span></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-58730729115375493032021-05-19T14:58:00.000-07:002021-05-19T14:58:00.578-07:00sesunipampa logo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaJgF9jDglygdSQnWZ0c9kBOkzOBkGAdP_eFjnzgHb_ohcWMaOFgsupO3vsYgX3PSx3O7LONgDGOMhffv10x8T-dnnNtvZfGXOwhSMGhii3x1XkqpekciArhIDTZx3PYjrOv4A8y6ebCXu/s663/sesunipampa+logo+novo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="663" data-original-width="663" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaJgF9jDglygdSQnWZ0c9kBOkzOBkGAdP_eFjnzgHb_ohcWMaOFgsupO3vsYgX3PSx3O7LONgDGOMhffv10x8T-dnnNtvZfGXOwhSMGhii3x1XkqpekciArhIDTZx3PYjrOv4A8y6ebCXu/s320/sesunipampa+logo+novo.jpg" /></a></div><br /> <p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-50336187033789893532021-05-14T07:56:00.001-07:002021-05-14T07:56:38.191-07:00Cidade dos Homens - Episódio "A Coroa do Imperador" - Cenas da aula<p><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dykOFZPLTlTqiyyBH54ADRdloUYAU5QlHPPjIw_WXk13rypTHCgeS66Mv4geV6i6pLkhknooqdfoP0yecdH_A' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br />Esta postagem refere-se ao episódio “A <b style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;">Coroa do Imperador</b><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;">”, da minissérie “</span><b style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;">Cidade dos Homens</b><span style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;">”, exibida em 2002, pela Rede Globo, que tem como personagens principais Acerola e Laranjinha, que são alunos de uma escola pública e uma professora de História, cujo nome é desconhecido.</span><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-3276667558559518112021-05-03T04:33:00.009-07:002021-05-10T08:43:55.385-07:00Leituras da semana - Banners e Capas<p style="text-align: center;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1zp7Ar3Co1YZaD9ZZjzD6q5EM0isz5R7dDkyByVGW5wVaelKqP9mbKxCdVFjau2DKrEaKrVEMzZFwJ354fi3v1pRb1lcqaQQ18l2EBMMlqR56S3TxoDuxsgmhaJ-qANqVFK_of3ITAmB/s885/marx+na+palma+da+m%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="485" data-original-width="885" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1zp7Ar3Co1YZaD9ZZjzD6q5EM0isz5R7dDkyByVGW5wVaelKqP9mbKxCdVFjau2DKrEaKrVEMzZFwJ354fi3v1pRb1lcqaQQ18l2EBMMlqR56S3TxoDuxsgmhaJ-qANqVFK_of3ITAmB/s320/marx+na+palma+da+m%25C3%25A3o.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctePMbnU_Q4OXNadCfJ0-FKyDesdWttkZkXi_dUV3Erw-PabiC27aPJIXwiCeIImjmocTrWXK1MnMqijAzgiVhrlZ1Oz7sFBjn8NcsepRFFRG8UI1ChAwMjWOJkljA8SLZGLDD5k4aK_z/s2048/guerra+contra+o+brasil.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhctePMbnU_Q4OXNadCfJ0-FKyDesdWttkZkXi_dUV3Erw-PabiC27aPJIXwiCeIImjmocTrWXK1MnMqijAzgiVhrlZ1Oz7sFBjn8NcsepRFFRG8UI1ChAwMjWOJkljA8SLZGLDD5k4aK_z/s320/guerra+contra+o+brasil.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBEevehfdUoYYUGh9w6pTRgVrQvn7jfvCkN8Gt2WOSHEUNTGn0ELJGbA6Gv1knu7CkBFItIFk-JqaX3F6NUZkY3zPc_9fT1VKWwNjRdB_bbQ35vQRWA6tzEM7CmraDLwK6t3hkQp0TvU1s/s999/curso+livre+teoria+pol%25C3%25ADtica.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="999" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBEevehfdUoYYUGh9w6pTRgVrQvn7jfvCkN8Gt2WOSHEUNTGn0ELJGbA6Gv1knu7CkBFItIFk-JqaX3F6NUZkY3zPc_9fT1VKWwNjRdB_bbQ35vQRWA6tzEM7CmraDLwK6t3hkQp0TvU1s/s320/curso+livre+teoria+pol%25C3%25ADtica.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF7tuMo_21MEJdFhP8vpluPWUQ_Jx6YJmg6eD_2dPPtCKrFpTguFt5mXHnbNZtWOlWXc7dKlc31uy0V8qCsx1RaYOzIltp8lm95DN2sRR6PyASY9pJroi1iHxsFILrH3TPydmIQ7Tcp_rE/s697/marx+capital+biografia+capa.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="697" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF7tuMo_21MEJdFhP8vpluPWUQ_Jx6YJmg6eD_2dPPtCKrFpTguFt5mXHnbNZtWOlWXc7dKlc31uy0V8qCsx1RaYOzIltp8lm95DN2sRR6PyASY9pJroi1iHxsFILrH3TPydmIQ7Tcp_rE/s320/marx+capital+biografia+capa.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUnSEp6OGFbyD5pVho8twmya4zjnto1VuublrlsF4gq5Ogn6gQoKOqd2MarYoRM8dug0dDBL8NnDV5ouePoppBro4qwc2K_edkV-mRhiDom-38p6yxjP1MWH-69MZEvCexnHZ2F3DtVIZa/s762/capital+biografia+capa.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="481" data-original-width="762" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUnSEp6OGFbyD5pVho8twmya4zjnto1VuublrlsF4gq5Ogn6gQoKOqd2MarYoRM8dug0dDBL8NnDV5ouePoppBro4qwc2K_edkV-mRhiDom-38p6yxjP1MWH-69MZEvCexnHZ2F3DtVIZa/s320/capital+biografia+capa.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Chimarrão Marxista</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhJtrmzn3YMy6WPknugKpnZZE93z6bnmwunhKiiqARgS7lnEBlqDWr0wTQe8PMVgDjJPCVggat5DYPhG4c3Q-SiswIPIsbo7ltJxwmfR8jEhRyM-hhCwLvzWMld3q_eCW3oXCR8SSCJHQM/s640/chimarr%25C3%25A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="371" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhJtrmzn3YMy6WPknugKpnZZE93z6bnmwunhKiiqARgS7lnEBlqDWr0wTQe8PMVgDjJPCVggat5DYPhG4c3Q-SiswIPIsbo7ltJxwmfR8jEhRyM-hhCwLvzWMld3q_eCW3oXCR8SSCJHQM/s320/chimarr%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLbmX5QHePCaJQMEL_To9gOllL4Zkwt1U3i6UwKBKHISYP0BJO6uNM6xoKcjgQZJ3FIevhKB4FbvcrPHhyYcracyjLllfANcYNypspwsj2eqsGPkr8VjdQp1sGHQoXGW70XyX7-xY8nWDA/s930/boletim+do+evanjeguist%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="517" data-original-width="930" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLbmX5QHePCaJQMEL_To9gOllL4Zkwt1U3i6UwKBKHISYP0BJO6uNM6xoKcjgQZJ3FIevhKB4FbvcrPHhyYcracyjLllfANcYNypspwsj2eqsGPkr8VjdQp1sGHQoXGW70XyX7-xY8nWDA/s320/boletim+do+evanjeguist%25C3%25A3o.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM-KSBV8tqTlDB7NdJew57PjejBj9XJGKaW2D204xMl2j06b3goFuCREIbHDU9uRoMFGIe3A2bNx5Dgvd4MNhJxKGVdpLpMcLfZzdho38gWuLEuN-fIsXKFElT-dodXWNvghOj-2t5Ul9t/s850/jornal+boletim+capa.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="479" data-original-width="850" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM-KSBV8tqTlDB7NdJew57PjejBj9XJGKaW2D204xMl2j06b3goFuCREIbHDU9uRoMFGIe3A2bNx5Dgvd4MNhJxKGVdpLpMcLfZzdho38gWuLEuN-fIsXKFElT-dodXWNvghOj-2t5Ul9t/s320/jornal+boletim+capa.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Composição do Capital</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4v5yVKCCleXNA6_zU-_A5xZugjjAPbu-inMKHd5TsUEHrSQO88R8fkJ0ihQVS6BMk_HxEeCRThTfjNJ9YkuNKPLXssw0iZ4S2Z9WbG_iTebZI8fIXP8l_kICF2ZnZqWCJ4ebbx9NXoVAQ/s1280/capital+constante+capital+vari%25C3%25A1vel.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4v5yVKCCleXNA6_zU-_A5xZugjjAPbu-inMKHd5TsUEHrSQO88R8fkJ0ihQVS6BMk_HxEeCRThTfjNJ9YkuNKPLXssw0iZ4S2Z9WbG_iTebZI8fIXP8l_kICF2ZnZqWCJ4ebbx9NXoVAQ/s320/capital+constante+capital+vari%25C3%25A1vel.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNL9rdyrqRPm6HQTkBIGO-o3FjHQS87WpxlT9h3HPpOpnfz-73uFlNFW7FYTtRT7fZ3JhuUbCtYZjvZRyrlLcqULcbU7WaQaLebJDFpUrByA4SK9lE-Lt6nSAo8J58MDIoKK20CzMK0n9T/s859/economia+politica+capa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="496" data-original-width="859" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNL9rdyrqRPm6HQTkBIGO-o3FjHQS87WpxlT9h3HPpOpnfz-73uFlNFW7FYTtRT7fZ3JhuUbCtYZjvZRyrlLcqULcbU7WaQaLebJDFpUrByA4SK9lE-Lt6nSAo8J58MDIoKK20CzMK0n9T/s320/economia+politica+capa.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgklgwSPIb7al3A-DlucqdSaImj-JRzUQIZmEEeSfyMjpm5QuAzovaeEWYzySXnov-4DFq_07DN25lqS8tYUKLehYzTKFb-7YdMvapdNDgowCQf2dhMM-btfh5ibBGpLsXtcWaboDCSa1mS/s616/economia+pol%25C3%25ADtica.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="616" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgklgwSPIb7al3A-DlucqdSaImj-JRzUQIZmEEeSfyMjpm5QuAzovaeEWYzySXnov-4DFq_07DN25lqS8tYUKLehYzTKFb-7YdMvapdNDgowCQf2dhMM-btfh5ibBGpLsXtcWaboDCSa1mS/s320/economia+pol%25C3%25ADtica.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjen3wxij0xlsydEXPtiT2Gy4mY0fEhQYAmdBRheWxd6fY45mk-M28k53Ah6MSRgB5Q_YPJSDfA93RNNuR3AL3nYb5XFgrw2_pON68Om71x20-mcx4_KCuFxAgILkR24sSnCPtXuY1JLoHl/s320/jess%25C3%25A9+capa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="192" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjen3wxij0xlsydEXPtiT2Gy4mY0fEhQYAmdBRheWxd6fY45mk-M28k53Ah6MSRgB5Q_YPJSDfA93RNNuR3AL3nYb5XFgrw2_pON68Om71x20-mcx4_KCuFxAgILkR24sSnCPtXuY1JLoHl/s0/jess%25C3%25A9+capa.png" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE9IkYzoYDPSrYjKudeD_Mn8T8AmAlLeiCSc1PsyGF9XHzbZIrXObd3g1t_nixyK8LLRW1n9RtGNPVEwobhbBXi07mS76h1L6aZJdVwh5y666KBSLFDhmysSYn7nABLO4Q31osyNeZwJPE/s2048/banner+abertura.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1203" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE9IkYzoYDPSrYjKudeD_Mn8T8AmAlLeiCSc1PsyGF9XHzbZIrXObd3g1t_nixyK8LLRW1n9RtGNPVEwobhbBXi07mS76h1L6aZJdVwh5y666KBSLFDhmysSYn7nABLO4Q31osyNeZwJPE/s320/banner+abertura.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNGCFoeuFGgzzDaXy4X_1pEaN9LEEfIHJdRkDBZAxwvMKVCkhIxNvUXjuNTEVxE92fq_nhNZkNyehzIkkI-oQIvJgdhrgjcrsW1o4GZdSm9FrG_Pn5jrv5DvdAsStSY7wJpBSXVfpYQ5e8/s1789/banner+aqui+e+alla.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="957" data-original-width="1789" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNGCFoeuFGgzzDaXy4X_1pEaN9LEEfIHJdRkDBZAxwvMKVCkhIxNvUXjuNTEVxE92fq_nhNZkNyehzIkkI-oQIvJgdhrgjcrsW1o4GZdSm9FrG_Pn5jrv5DvdAsStSY7wJpBSXVfpYQ5e8/s320/banner+aqui+e+alla.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-14596137311115171852021-04-22T11:46:00.003-07:002021-04-22T11:46:33.871-07:00PÃO, VACINA, SAÚDE E EDUCAÇÃO: Fora Bolsonaro-Mourão | Por um 1º de Maio classista reafirmando os princípios de solidariedade de classe<p> <span style="background-color: white; color: #222222; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Circular nº 130/2021</span></p><p align="right" class="MsoNormal" style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Brasília (DF), 20 de abril de 2021<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Às seções sindicais, secretarias regionais e à(o)s diretore(a)s do ANDES-SN</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Companheiro(a)s,<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="color: #003333; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">O 1º de Maio é um dia mundial de luta da classe trabalhadora, historicamente construído para reafirmamos a solidariedade de classe e o internacionalismo proletário. A data lembra o ano de 1886, quando, em Chicago, nos EUA, trabalhadores e trabalhadoras realizaram uma grande manifestação por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada de treze para oito horas diárias. A mobilização, que se estendeu por muitos dias, foi duramente reprimida, o que resultou em mortes de manifestantes e desencadeou uma greve geral naquele país.<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Cento e trinta e cinco anos depois, a classe trabalhadora segue em luta por melhores condições de trabalho e de vida. Em tempos de crise sanitária, econômica e social como a que atravessamos no presente, é ainda mais urgente reafirmarmos os princípios históricos desta data, sem cedermos a possíveis conciliações com os patrões e com a burguesia.<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">No Brasil, a dramática conjuntura em que vivemos, com a aceleração da fome, da carestia, do desemprego em massa, dos números de mortes que não param de aumentar, vítimas da COVID-19 e do descaso do governo, exige que neste 1º de Maio intensifiquemos a denúncia das políticas genocidas de Bolsonaro-Mourão que tem investido em um projeto deliberado de morte, de desmonte do Estado brasileiro, e exclusão dos direitos sociais duramente conquistados na Constituição de 1988 pelo(a)s Trabalhadore(aa)s.<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Conclamamos as seções sindicais, o( a)s professores e professoras de todo país para construir um 1º de MAIO de luta e solidariedade, reforçando os atos com caráter de classe, autonomia e independência, articulando as seções sindicais com as Frentes de Esquerda, Movimentos Sociais e Fóruns em Defesa dos Serviços Públicos, com o Fórum Sindical, Popular e de Juventudes por Direitos e Liberdades Democráticas e nas atividades propostas pela CSP-Conlutas nos estados e municípios, indicando:<u></u><u></u></span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin-left: 53.45pt; text-align: justify;"><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">1)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Realizar ações de solidariedade, com pequenos atos simbólicos e sem aglomerações, com distribuição de máscaras, álcool gel e alimentos;<u></u><u></u></span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin-left: 53.45pt; text-align: justify;"><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">2)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Realizar atos performáticos, denunciando as mortes da pandemia e a omissão dos governos nas políticas, reafirmando a necessidade de <i>lockdown</i> e o auxílio emergencial de no mínimo R$ 600,00;<u></u><u></u></span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin-left: 53.45pt; text-align: justify;"><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">3)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Realizar atos simbólicos políticos, como faixaços, carros de som nos bairros denunciando o desmonte do estado por meio da Reforma Administrativa, dos cortes orçamentários em saúde e educação;<u></u><u></u></span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin-left: 53.45pt; text-align: justify;"><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">4)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"> Somar às ações de comunicação nas redes do ANDES-SN, por meio do compartilhamento e engajamento de materiais e <i>twittaço</i> a ser programado;</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u><u></u></span></p><p style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin-left: 53.45pt; text-align: justify;"><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">5)<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><u></u><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Realizar o registro fotográfico e em vídeo dos atos e atividades para que materiais sejam divulgados nas páginas nacionais do nosso Sindicato Nacional.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Em anexo, encaminhamos para conhecimento e ampla divulgação, os materiais de comunicação sobre o 1º de Maio de luta e solidariedade de classe. Informamos que os materiais podem ser usados nas redes sociais, atividades de ruas como faixaços e lambes.<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;">Sem mais para o momento, renovamos nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u> <u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"><u></u> <u></u></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px; text-align: center;"><span lang="EN" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Prof.ª Maria Regina de Avila Moreira<u></u><u></u></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 19.5px; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 24px;"></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px; text-align: center;"><span lang="EN" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;">Secretária-Geral</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; margin: 0px; text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdfZExMuGtudcx3LAFAUFwx5DkVjpz-qJzFBNXNCWUZy0TT3-d6Ksd5AhzI4x64_C5imOPIB3Hs-y5RjaJLlC1wEHimJYHRfxQIxVupvTXVGyL7D1OaUKf-Ibyuu7JamCU0A_NSI4POKEA/s1500/Anexo1-Circ130-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdfZExMuGtudcx3LAFAUFwx5DkVjpz-qJzFBNXNCWUZy0TT3-d6Ksd5AhzI4x64_C5imOPIB3Hs-y5RjaJLlC1wEHimJYHRfxQIxVupvTXVGyL7D1OaUKf-Ibyuu7JamCU0A_NSI4POKEA/s320/Anexo1-Circ130-21.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPsEVjWPf9W7w2fVkUEbav2V-Z8-eoqRgEO9t6h75aoFdtlKVBM6wOv3XvY8wa11mwGAFRXylIjADnCVnyLgAaOwIwlACp6IL3TlutOLBNC7SIR3Dv6-QbeTWCinLvSYkB6f54sWBsYmvI/s1500/Anexo2-Circ130-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPsEVjWPf9W7w2fVkUEbav2V-Z8-eoqRgEO9t6h75aoFdtlKVBM6wOv3XvY8wa11mwGAFRXylIjADnCVnyLgAaOwIwlACp6IL3TlutOLBNC7SIR3Dv6-QbeTWCinLvSYkB6f54sWBsYmvI/s320/Anexo2-Circ130-21.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKmQceWKK9AGXClA7iTclbB_cSpEGlJpzJbUohBv5YbeL0vqMWlVwdAkEdzsazmGoGxgQ9RC_hsC9O3kSGXNDVv35FNegG7poYZtJidJt_Y9NRpb3h_fatfYQHpwZudG_bs6HPbAmFRcd6/s1500/Anexo3-Circ130-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKmQceWKK9AGXClA7iTclbB_cSpEGlJpzJbUohBv5YbeL0vqMWlVwdAkEdzsazmGoGxgQ9RC_hsC9O3kSGXNDVv35FNegG7poYZtJidJt_Y9NRpb3h_fatfYQHpwZudG_bs6HPbAmFRcd6/s320/Anexo3-Circ130-21.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZRUNc7KR2hC3I_1PY1_J2OOd1MdXUfoQ9-4BtCZ4g8SiBYZjMcBNfZuApRaVtzHOIfGgyfoZBMcVXuZbBrxWTK1OiA2Ry7rL4TH2r14z0ZecRx5xv6TFFKpJHNrvcoHcAfYryk4LunWQ/s1500/Anexo4-Circ130-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqZRUNc7KR2hC3I_1PY1_J2OOd1MdXUfoQ9-4BtCZ4g8SiBYZjMcBNfZuApRaVtzHOIfGgyfoZBMcVXuZbBrxWTK1OiA2Ry7rL4TH2r14z0ZecRx5xv6TFFKpJHNrvcoHcAfYryk4LunWQ/s320/Anexo4-Circ130-21.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiesZwPolaV2qs0glH3wI2Zh2aKOpdRLnMkRw7K-RleWG5KTpXFl57HAd7dncFB0-TvGmdLryWFV3x4O8lUU593RPuKMkLWYMYFuTK7fsPXWcypmH48JZd-TlCPSesKN1INh0GPSR1yBRD0/s1920/Anexo5-Circ130-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiesZwPolaV2qs0glH3wI2Zh2aKOpdRLnMkRw7K-RleWG5KTpXFl57HAd7dncFB0-TvGmdLryWFV3x4O8lUU593RPuKMkLWYMYFuTK7fsPXWcypmH48JZd-TlCPSesKN1INh0GPSR1yBRD0/s320/Anexo5-Circ130-21.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGPxkQ4jhXASVlDirQBIr_nZUxff_wWTpg_4jDGgL5fWYeenxOdpdDii1oXQEpZpfpX1obZfg_QWcQ1wiB7i69QGrbNqh47iGQBVY4ESvcfpTdI1TPXJ8Cpfrv1jMpYQn0NxwfnVAqa7DU/s1920/Anexo6-Circ130-21.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGPxkQ4jhXASVlDirQBIr_nZUxff_wWTpg_4jDGgL5fWYeenxOdpdDii1oXQEpZpfpX1obZfg_QWcQ1wiB7i69QGrbNqh47iGQBVY4ESvcfpTdI1TPXJ8Cpfrv1jMpYQn0NxwfnVAqa7DU/s320/Anexo6-Circ130-21.jpg" /></a></div><br /><span lang="EN" style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"><br /></span><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-18800712382962497572021-04-06T04:14:00.002-07:002021-04-06T04:14:21.327-07:00Estado argentino condena os assassinos responsáveis pela ditadura iniciada em 1976<p> O professor Vladimir Safatle lembra que os fantasmas do passado nos assombram hoje porque não enterramos seus corpos</p><p>Os militares brasileiros não foram condenados pelos crimes de tortura que cometeram</p><p>Ficaram impunes</p><p>São bandidos sem condenação</p><p>Por isso temos um genocida no poder</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='550' height='457' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxXmYpq4BdEQLn6aPcLx8L_ejLKjoHwjWq5_dwtDDHTqHsEVbZarOad5C8xrULtSfpy9R1HNqFRH3gXJ9WmIw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p><br /></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-26782789268484811582021-04-05T10:47:00.001-07:002021-04-05T10:52:52.996-07:00Sindicatos, formalismo e burocracia: a síndrome de Monty Python<p> Reflexões ao assistir a uma reunião do sindicato</p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Sinceramente,
não acredito que as pessoas não percebam o quanto inútil é tanto formalismo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Por mais
preciso que o texto resulte, ele é estéril, inócuo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Não
importa o nome do gato... o nome dele pode ser peixe, o importante é que ele
cace ratos!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Pautas óbvias,
clichês discutidos como se fossem questões centrais<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Nenhuma
proposta ativa, de ir às ruas, de ação efetiva. Nenhuma força ativa, apenas
gente querendo cotejar o texto para que ele reste tão redondinho quanto sem
função prática<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Pra mim
está sendo um grande laboratório e uma grande surpresa. Sou antropólogo,
preciso vivenciar as coisas para aprender sobre elas. E estou aprend</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">endo muito.</span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Depois de tantas horas gastas na redação de um texto simples, tanta energia depositada em divergências formais, realmente entendo que não reste ânimo para luta efetiva.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Estou verificando na prática aquilo que o Ricardo Antunes escreve reiteradamente em suas intervenções.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Da forma como os sindicatos estão se organizando não restará nem mesmo um esboço do que é preciso para enfrentar a direita que está no poder e impregnada na sociedade civil<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Repito a metáfora, estamos agindo rigorosamente da mesma forma ironizada pelo Monty Python no final do anos 1970</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='502' height='417' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzi-MsUj6Y3ToVtIbChoboRUYafFbbQQWpICkF6zVcI4XAiTmofc2kbx7C86KI4R4JnyJobH1CZ3hl4evcLzA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Gastar
dias inteiros discutindo a forma de um texto é a atividade mais exangue que já
assisti nos últimos anos, só comparável às reuniões do Partido que também tenho
acompanhado<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">No fim,
resto com sentimento de espanto e decepção, de positivo, apanho apenas a
compreensão de que a esquerda está tão sem rumo devido à sua própria
incapacidade de se organizar, de ser propositiva, de ter se tornado tão
burocrática, tão formalista, tão inócua, sem tática ou estratégia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Alguém
ficar empolgado depois de uma reunião dessas é uma impossibilidade, não há como
sentir ânimo para lutar assistindo ou participando esse tipo de debate<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Quem
espera-se sensibilizar com tudo isso? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Só alguém
mais burocrata e formalista que a gente mesmo<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Que tipos
de avanços efetivos no campo político espera-se fazer com textos como esses?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Que tipo
de conquistas se alcança depois de reuniões como essas?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Sempre
acreditei que o "coração" da esquerda, seu dínamo, eram os partidos e
os sindicatos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">A usina
da luta política, a partir de uma visada leninista de organização, estavam a
cargo desses dois instrumentos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 3pt; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Começo a perceber
as razões por que estamos no fundo do poço, perdidos, à deriva</span></p><br /><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-13264579715088746042021-04-01T09:36:00.006-07:002021-04-02T06:56:46.766-07:00Colapso da democracia burguesa no Brasil<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.87)" face="Roboto, Noto, sans-serif" style="font-size: 15px; text-align: start; white-space: pre-wrap;">Adquira o livro (autografado) "Democracia e crise política no Brasil (2013-2020)" organizado pelo professor Dejalma Cremonese (UFSM), no qual escrevi o Capítulo VII "</span><span color="rgba(0, 0, 0, 0.87)" face="Roboto, Noto, sans-serif" style="font-size: 15px; text-align: start; white-space: pre-wrap;">Colapso da democracia burguesa no Brasil: hipóteses e (sobre) determinações", uma análise, à luz do materialismo histórico, do Golpe contra Dilma Rousseff </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: start;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" face="Roboto, Noto, sans-serif"><span style="font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></span></div><span color="rgba(0, 0, 0, 0.87)" face="Roboto, Noto, sans-serif" style="font-size: 15px; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpqc8axLDge6OBwf_ztOby9ylXvmVl1dPpI6eQS9E2kXwg5Y0rc5w4YfU-cV5frYqECFKYU7v4ex_bOuCAzq3dPC9z5cgAK5mjh0BRUU2Prkk5Y25fINWCNGJ98eeYmnwTfL60knMvrWrq/s1350/livro.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1350" data-original-width="951" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpqc8axLDge6OBwf_ztOby9ylXvmVl1dPpI6eQS9E2kXwg5Y0rc5w4YfU-cV5frYqECFKYU7v4ex_bOuCAzq3dPC9z5cgAK5mjh0BRUU2Prkk5Y25fINWCNGJ98eeYmnwTfL60knMvrWrq/s320/livro.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHFNx4o-jIrzQnpckWamkLYAhIOps2tLcdxGRQ8__9GPa6fxjkD764BnWl9B9dV9qYGO41k2MU5qEmGQzHwgX4DGym2DgFNF-sQCHtcWDJfO_TfF-oQM7q5sA3GFhuKvKsW39fsAl3H15B/s2048/livro+banner.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1169" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHFNx4o-jIrzQnpckWamkLYAhIOps2tLcdxGRQ8__9GPa6fxjkD764BnWl9B9dV9qYGO41k2MU5qEmGQzHwgX4DGym2DgFNF-sQCHtcWDJfO_TfF-oQM7q5sA3GFhuKvKsW39fsAl3H15B/s320/livro+banner.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></span></div><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-8661351631212848982021-03-21T04:53:00.007-07:002021-03-30T08:05:32.969-07:00Banner Canal<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSdgdvI7YZwsjGc8WC7qQCMr2oq3X-nSV2Urn7Hejrw33BtM84f8xRVHFa8nNNgjceqhsPbgrSFuXiqHSjrJ79a2i19UNOTwha5yiaG049u85FwwS5ZKJ5xGi35G8w1g5Ds0CA4dUiwbTS/s1381/banner+preto.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="543" data-original-width="1381" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSdgdvI7YZwsjGc8WC7qQCMr2oq3X-nSV2Urn7Hejrw33BtM84f8xRVHFa8nNNgjceqhsPbgrSFuXiqHSjrJ79a2i19UNOTwha5yiaG049u85FwwS5ZKJ5xGi35G8w1g5Ds0CA4dUiwbTS/s320/banner+preto.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Ep33HtrV8bNihtjfijUZ8AEpqQ0QBmcI1gl9xZjYsGZYf9_r06ouELMUjCZx2uf8i_Fo9UL2vt0uW16eKTuG7nQPev1X0Gr6miY-wBo3ItR-lPDjKZ6WePCoJYn7_ZB7wyULBaiT8aQs/s1289/banner+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="1289" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4Ep33HtrV8bNihtjfijUZ8AEpqQ0QBmcI1gl9xZjYsGZYf9_r06ouELMUjCZx2uf8i_Fo9UL2vt0uW16eKTuG7nQPev1X0Gr6miY-wBo3ItR-lPDjKZ6WePCoJYn7_ZB7wyULBaiT8aQs/s320/banner+2.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4qV2sms8DfZIbS3L8XyH_1IINoVgefuk0aB5G5llp6q4cPVFax07icOS91QjllUnvw4ZpT4eRTKbkE-lQ1EltujezTpikzNpfObtf7wQzwEIRdHs7A7QkjEgjSTGRblUon95nDYQauWMI/s1230/banner+3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="243" data-original-width="1230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4qV2sms8DfZIbS3L8XyH_1IINoVgefuk0aB5G5llp6q4cPVFax07icOS91QjllUnvw4ZpT4eRTKbkE-lQ1EltujezTpikzNpfObtf7wQzwEIRdHs7A7QkjEgjSTGRblUon95nDYQauWMI/s320/banner+3.png" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxgg3a9peKX28Ukg6yqUmbuzIXyPA005ACCzOX1T54P3FO_5-O99qsAxu8yxSbsi2a-RydcYT9ZjGfacgib2YOiANPIxp2Nu6kkomWxjcERyxXGMa4xH0Ji2HxlMXyxwGIS88rZBjkPFRM/s1051/banner+canal.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="575" data-original-width="1051" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxgg3a9peKX28Ukg6yqUmbuzIXyPA005ACCzOX1T54P3FO_5-O99qsAxu8yxSbsi2a-RydcYT9ZjGfacgib2YOiANPIxp2Nu6kkomWxjcERyxXGMa4xH0Ji2HxlMXyxwGIS88rZBjkPFRM/s320/banner+canal.png" width="320" /></a></div></div><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /> <p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-83352851348784417022021-03-19T06:44:00.001-07:002021-03-19T06:44:04.876-07:00A burguesinha marxista<p> Esse é o daltonismo da esquerda liberal brasileira: vê uma bandeira verde (ecoblábláblá) e pensa que é vermelha</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi596LG8FOdAL4hgVolGUtclVuCOiKzNqIOll8uJGnJiMkxWTkphCaTumCEGnSUT4d2hqcZBlIFd_5fxFyQ-N2FAZIq3dVyaSaf8qeoe2BU688A7PWPacaBop4NxSdiQ7WBF7sdTD01h6ov//" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="526" data-original-width="526" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi596LG8FOdAL4hgVolGUtclVuCOiKzNqIOll8uJGnJiMkxWTkphCaTumCEGnSUT4d2hqcZBlIFd_5fxFyQ-N2FAZIq3dVyaSaf8qeoe2BU688A7PWPacaBop4NxSdiQ7WBF7sdTD01h6ov/w400-h400/image.png" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-76564254131286353332021-03-18T06:20:00.002-07:002021-03-18T09:28:12.417-07:00Comuna de Paris - 150 anos<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/jJq1uO-zEcE" width="320" youtube-src-id="jJq1uO-zEcE"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Mh74nG5aavk" width="320" youtube-src-id="Mh74nG5aavk"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhML-twzdN34-KAp4Zb5hbl8Uve1c9eQaOjZCC-LIl9EO5vmwRlRfw188kMlMbGj0mRBJtVM78icCB6Q1sLDcBVZP52wcPMVSMxWr-7Hi9fHHvs7Wp8xhh1tEs0PXBiTpmTDS9EAcx5mPjv/s320/comuna.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhML-twzdN34-KAp4Zb5hbl8Uve1c9eQaOjZCC-LIl9EO5vmwRlRfw188kMlMbGj0mRBJtVM78icCB6Q1sLDcBVZP52wcPMVSMxWr-7Hi9fHHvs7Wp8xhh1tEs0PXBiTpmTDS9EAcx5mPjv/s0/comuna.png" /></a></div><br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-55739302959817154552021-01-31T07:03:00.014-08:002021-03-19T06:44:34.408-07:00Imagens e logos para o Canal<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigoteSWfy7-BU-nkY4dHPSlbEei-lzUWdT7xz-gwmarH7HrBa-A0_XLB5yTMAt4eQEuSP9rZ_pUx0K-nVJgvuCGCRpR_3MimXjCGGOF4KONafnF7xCQhNlf_5qT3le-VTwts7yTSxZuK71/s2048/banner+youtube.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigoteSWfy7-BU-nkY4dHPSlbEei-lzUWdT7xz-gwmarH7HrBa-A0_XLB5yTMAt4eQEuSP9rZ_pUx0K-nVJgvuCGCRpR_3MimXjCGGOF4KONafnF7xCQhNlf_5qT3le-VTwts7yTSxZuK71/w400-h266/banner+youtube.png" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3w-R-FC130MRXyCOdbVlNooSiCS4OHZrd4ZzRgULHsr1LlDFMzsh4pTKHv8kb1DPoE0ZCFVc1UUE0njWAR4t2mrijGqYOblaLsQLqmbCLm-MQ4IHooslrmUapGMvjdYL6futloIfbmgBs/s565/capa+3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="565" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3w-R-FC130MRXyCOdbVlNooSiCS4OHZrd4ZzRgULHsr1LlDFMzsh4pTKHv8kb1DPoE0ZCFVc1UUE0njWAR4t2mrijGqYOblaLsQLqmbCLm-MQ4IHooslrmUapGMvjdYL6futloIfbmgBs/w400-h228/capa+3.png" width="400" /></a></div><br /><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9wV4YVbfPy4xLWsPN2_wyWnbErEhGctjfdXHdo65iRMtL1ZQlbGvjzEyVHiETf9zwfucg6S1gFkxDDZqIq-HHWyn_OCW0MwYjKVUMR0uyWZmosfctmHodwkOtPnaLHfwo7zZK5iJLWb9y/s2048/logo+unipampa+grande.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1389" data-original-width="2048" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9wV4YVbfPy4xLWsPN2_wyWnbErEhGctjfdXHdo65iRMtL1ZQlbGvjzEyVHiETf9zwfucg6S1gFkxDDZqIq-HHWyn_OCW0MwYjKVUMR0uyWZmosfctmHodwkOtPnaLHfwo7zZK5iJLWb9y/w400-h271/logo+unipampa+grande.png" width="400" /></a></div><br /><br /><br /><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbr7DQZNiMR1ZKvTzfIOY4Fo7J-19lKddK_FrJ8ab9F-mq8ih9ZFcT5W0BofxPArqylTuvEzEXWc3y_T7-WAKB0plPej3PrHxqqqkjtO_8W0w4Q8cRZoPF-Ma-ozIPkmHUSrfHSM7uwqOV/s573/membro+3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="573" data-original-width="525" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbr7DQZNiMR1ZKvTzfIOY4Fo7J-19lKddK_FrJ8ab9F-mq8ih9ZFcT5W0BofxPArqylTuvEzEXWc3y_T7-WAKB0plPej3PrHxqqqkjtO_8W0w4Q8cRZoPF-Ma-ozIPkmHUSrfHSM7uwqOV/s320/membro+3.png" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaFlJXH12T1_hEbBtVMCaqfThDdLrADYLW2EKWrMxNyFxVv1Ul7e6-D7CQtlNPDaPf9oz6wFtmzqDfl2uZnOJkjDf5f82_1CMfkJY2fT7AHj6T_3LcFASUkwC_J74lD0A0idyx_NmwadIU/s1721/membros+banner.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="859" data-original-width="1721" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaFlJXH12T1_hEbBtVMCaqfThDdLrADYLW2EKWrMxNyFxVv1Ul7e6-D7CQtlNPDaPf9oz6wFtmzqDfl2uZnOJkjDf5f82_1CMfkJY2fT7AHj6T_3LcFASUkwC_J74lD0A0idyx_NmwadIU/s320/membros+banner.png" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7rfjAMfz1b5ID0VSSZQ1ra8ri-AJIURfylbHWBqy7Rnf1rMGlNSfisr2zIDv8epkuwYX6Z3aXMNlLqnQbx2UY9khIq-QUITfB3TMvWQv66uM1CkHMnBX5jusB55oFGca72l22rKKJzKXM/s1721/membro+1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="859" data-original-width="1721" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7rfjAMfz1b5ID0VSSZQ1ra8ri-AJIURfylbHWBqy7Rnf1rMGlNSfisr2zIDv8epkuwYX6Z3aXMNlLqnQbx2UY9khIq-QUITfB3TMvWQv66uM1CkHMnBX5jusB55oFGca72l22rKKJzKXM/w320-h160/membro+1.png" width="320" /></a></div><br />Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-41712559249721886792021-01-27T06:56:00.006-08:002021-01-31T07:00:47.455-08:00As Forças Armadas do caos. Por Vladimir Safatle<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="318" src="https://www.youtube.com/embed/TrdaZjcgkfg" width="383" youtube-src-id="TrdaZjcgkfg"></iframe></div><br /> <em style="box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px;">Militares brasileiros estão associados ao uso da força para o silenciamento das consequências da miséria e do descaso. Fazem isso mais uma vez na pandemia. Por isso, a única saída é o impeachment</em><p></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">por Vladimir Safatle*, em <a href="https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-01-26/as-forcas-armadas-do-caos.html?event_log=fa&o=cerrbr" style="background: 0px 0px; box-sizing: border-box; color: #873214; text-decoration-line: none; transition: all 0.3s ease 0s;">El País</a></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Uma das maiores ilusões a respeito do Governo Bolsonaro é que ele seria composto por dois eixos em estado contínuo de antagonismo. De um lado, haveria o <em style="box-sizing: border-box;">núcleo ideológico</em>, com suas pautas de regressão social e isolamento internacional, enquanto no outro lado encontraríamos o <em style="box-sizing: border-box;">núcleo militar</em>. Se o primeiro seria impulsionado pela crença em ser o protagonista maior de uma revolução conservadora no Brasil, o segundo seria ainda pautado por certa perspectiva “moderada” e “racional”.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Na verdade, essa foi a melhor narrativa que as Forças Armadas poderiam encontrar para si mesmas. Isso lhes permitiu tomar de assalto o poder executivo, colocando milhares de seus membros da ativa e da reserva dentro da estrutura do poder, sem ter que assumir o ônus de agente fundamental do caos. Jogando a carta do corpo técnico que assume o Estado corrompido, procurando defende-lo de ideólogos que viriam de todos os lados, as Forças Armadas tentaram vender ao país a imagem de serem uma espécie de força de contenção indispensável e inevitável. Bastouuma pandemia com seus desafios reaispara que toda essa história ruísse</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Na verdade, o país viu, agora em escala catastrófica, a repetição do que sempre ocorre quando as Forças Armadas tomam a frente. O que está a ocorrer no Brasil atualmente é sim a implementação consequente do ideário que anima suas Forças Armadas. Pois longe de serem uma parte da solução, elas são historicamente o eixo fundamental do problema.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Faz parte das tomadas de poder das Forças Armadas criar essa imagem de serem animadas por um conflito interno, como se estivéssemos a todo momento a lidar com uma instituição dividida entre o bom policial e o mau policial. Já na ditadura militar havia a pantomima do conflito entre o núcleo duro e os moderados. Foi isso que permitiu aos militares fazer um duplo papel, entre o Governo e a oposição ao Governo delas próprias. Se a ditadura brasileira conseguiu durar inacreditáveis 20 anos é porque tal pantomima fazia parte do modo normal de governo. Para fazer o Governo funcionar, era fundamental que os opositores encontrassem, nas próprias Forças Armadas, a esperança de uma contenção das Forças Armadas. Da mesma forma, agora estamos a ver o pretenso conflito entre o grupo ligado a Bolsonaro e os generais mais <em style="box-sizing: border-box;">sensatos</em>. Sensatez essa que não foi capaz de influenciar em uma ação sequer que pudesse tirar o país do caminho em direção às mais de 200.000 mortes, isso a despeito de todo o esforço estatal de desaparecimento de corpos.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Quem fizer uma pesquisa a respeito das propagandas louvando o “ideal de desenvolvimento” do regime militar encontrará essas campanhas narrando a vitória do homem (sim, eram sempre homens) sobre o “inferno verde” representado pela Amazônia. Vitória essa que se daria através da abertura de estradas como a Transamazônica ou de projeto absurdos e corruptos como o Projeto Jari. Fotos de grande troncos de árvores centenárias cortadas e empilhadas em caminhões ilustravam o canto do país que vencia suas “fronteiras internas” à base do fogo, do roubo, da posse e do desaparecimento dos corpos de ameríndios mortos. O que Bolsonaro fez foi simplesmente levar às últimas consequências o ideário que sempre moveu as Forças Armadas como ponta de lança da guerra do Brasil contra si mesmo. As chamas cuja fumaça chega agora até nossas grandes cidades não é fruto de um Nero tropical, mas a consequência lógica do espírito que suas Forças Armadas sempre representaram.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">No entanto, essa guerra do Brasil contra si mesmo foi não apenas contra a natureza. Ela foi uma guerra contra sua própria população. A história das Forças Armadas brasileiras é a história de uma guerra interna, de uma guerra civil não declarada que vai de Canudos e Contestado até o uso do Exército como “força de pacificação” nas comunidades do Rio de Janeiro. Ela foi a história do uso da força e do extermínio contra movimentos populares de toda ordem desde o Império. Ela foi ainda a história perpetua da “caça ao comunismo” desde o aparecimento do primeiro líder popular da república brasileira, Luís Carlos Prestes: um militar que escolheu o lado das lutas populares e que antecipou as táticas que seriam usadas, de maneira vitoriosa, na grande marcha chinesa. Esse fantasma da “caça ao comunismo” é a razão de existência das Forças Armadas brasileiras, e Bolsonaro sabe muito bem disso. É ele que lhe levou a dizer: “Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas”. “Comunismo” é o nome que as Forças Armadas brasileiras usam para se referir à figura de um povo insurreto.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Mas, principalmente, militares brasileiros estão associados ao uso da força para o silenciamento das consequências da miséria e do descaso. Faz-se necessário lembrar disso mais uma vez pois o que estamos a ver nessa pandemia, a catástrofe humanitária que a gestão das Forças Armadas produziu, não é um acaso. É a consequência necessária da maneira com que os militares sempre lidaram com a morte da sua própria população. Longe de procurar “proteger” as populações, suas ações sempre se deram no sentido de lembrar aos setores vulneráveis da população brasileira de que eles são matáveis sem dolo e sem imagem. É isso que as Forças Armadas estão a fazer mais uma vez com sua gestão criminosa e omissa em relação à pandemia.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Em menor escala, isso já ocorreu entre nós outras vezes. Que se lembrem dos espaços de silêncio da história brasileira. Lembremos, por exemplo, da natureza da violência estatal para confinar e deixar morrer populações em crises de seca. Foi no Ceará, entre 1915 e 1932, que o Brasil conheceu campos de concentração (sim, esse foi inclusive o termo usado à época) criados em cidades como Senador Pompeu, Ipu, Quixeramobim, Crato e Cariús, destinados a impedir que os flagelados da seca chegassem à capital. Campos nos quais se confinavam milhares de retirantes e se morria em massa por descaso, omissão e indiferença. E vejam que coincidência, o número de mortes é ainda hoje incerto (estimam-se só no Patu, em Senador Pompeu, até 12.000 mortes sem certidão de óbito e em vala coletiva). Ou seja, esse é de fato o <em style="box-sizing: border-box;">modus operandi</em> das Forças Armadas.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Contra a revolta de setores da sociedade diante de tal descaso, as Forças Armadas agora ameaçam o país com um <em style="box-sizing: border-box;">estado de defesa</em>, que suspenderia certas garantias institucionais, e que seria a forma efetiva de um autogolpe de Bolsonaro. No momento em que até tal carta é colocada sobre a mesa, o país não pode mais ser leviano em relação ao impeachment daquele que ocupa atualmente a presidência da república. Há sob sua responsabilidade direta uma somatória de crimes de omissão, de responsabilidade, de incentivo a comportamento que resultaram em um verdadeiro genocídio da população brasileira. Nenhum presidente da república tem tantas razões para ser afastado, julgado e encarcerado quanto o senhor Jair Bolsonaro.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Há um ano, vários foram os que insistiram que a única saída seria o impeachment. Naquela ocasião, não faltaram os que disseram que clamar por um impeachment era colocar a política à frente das exigências imediatas de gestão. Disseram que era importante obrigar o Governo a atuar contra a pandemia, ao invés de dispersar forças em um pedido de impeachment. A história demonstrou, no entanto, que não havia possibilidade alguma de levar Bolsonaro a gerir a pandemia. Ao contrário, ele não desprezou ocasião alguma para colaborar efetivamente para a situação na qual nos encontramos agora, com a população brasileira em estado de máxima vulnerabilidade, insuflando a indiferença em relação à morte e à ausência de proteção efetiva por parte do Estado.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Tudo isso demonstra como há de se lembrar, mais uma vez, que a única saída é o impeachment. E àquelas e àqueles que esqueceram, impeachment se conquista através da ocupação das ruas e do bloqueio das atividades. Os que têm privilégios ligados à segurança fornecida pelo acesso a serviços privados de saúde deveriam usar tal privilégio e forçar o fim deste Governo através da ocupação das ruas. Essa é a única coisa realmente concreta que podemos fazer para defender o país contra a pandemia. E só a certeza da existência dessa força popular que fará as Forças Armadas ocuparem seu único e verdadeiro lugar: esse caracterizado pelo afastamento da vida política nacional, o silêncio em relação à política e o retorno aos quartéis. Um pretenso Governo Mourão, por ser fruto da pressão popular, já nasceria natimorto. Isso até que consigamos enfim uma sociedade que não precise mais de Forças Armadas, pois se defende a si mesma.</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">*<em style="box-sizing: border-box;"><span style="box-sizing: border-box; font-weight: 700;">Vladimir Safatle</span> é professor titular do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo.</em></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">–</p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;"><span id="more-325159" style="box-sizing: border-box;"></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #474747; font-family: "Open Sans"; font-size: 14px; margin: 0px 0px 10px;">Sem máscara, o presidente Jair Bolsonaro participa de evento em comemoração aos 80 anos da Aeronáutica, na quarta passada.ERALDO PERES / AP</p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-10463683096383678732021-01-12T07:53:00.004-08:002021-01-12T07:53:51.516-08:00A PANDEMIA DE 2020 E A NECESSIDADE DA TEORIA SOCIAL MARXIANA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="341" src="https://www.youtube.com/embed/D6-TLN0Tm4c" width="410" youtube-src-id="D6-TLN0Tm4c"></iframe></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os
momentos de crise e colapsos da humanidade são possibilidades de
ressignificação de conceitos e de práticas, embates e discussões, avanços e
rupturas na tentativa de atenuar as situações inoportunas do dia-a-dia, mas,
sobretudo, para suprir a demanda e a necessidade da existência humana a partir
das tomadas de decisões e do agir prático no mundo do coletivo social.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Diante
da pandemia mundial de COVID-19 (vírus que causa infecções respiratórias e já
vitimou dezenas de centenas de pessoas pelo mundo e, atualmente, se manifesta
por solo/ar brasileiro, atestando, até então, <a style="mso-comment-date: 20210111T1547; mso-comment-reference: A_1;">mais de 203 mil mortes e mais de 8,1
milhões de casos confirmados</a></span><span class="MsoCommentReference"><span style="font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomanchor" href="file:///C:/Users/Cliente/Downloads/Artigo%20de%20Opini%C3%A3o%20-%20A%20pandemia%20e%20a%20teoria%20marxiana.docx#_msocom_1" id="_anchor_1" language="JavaScript" name="_msoanchor_1">[A1]</a><!--[endif]--><span style="mso-special-character: comment;"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">),
as orientações dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelos cientistas/pesquisadores
e profissionais da saúde, para conter a proliferação do vírus no mundo todo, foram
uma boa higienização (das mãos com água, sabão e álcool em gel), uso de máscaras
e a não incidência de aglomerações, ou seja, como a elaboração e a aplicação de
vacinas ainda estão em processo e o desenvolvimento de planos de vacinação em
escala nacional ainda está em “avaliação”, tendo previsão de início para <a style="mso-comment-date: 20210111T1551; mso-comment-reference: A_2;">“o dia D e na
hora H”, </a></span><span class="MsoCommentReference"><span style="font-size: 8.0pt; line-height: 150%;"><!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomanchor" href="file:///C:/Users/Cliente/Downloads/Artigo%20de%20Opini%C3%A3o%20-%20A%20pandemia%20e%20a%20teoria%20marxiana.docx#_msocom_2" id="_anchor_2" language="JavaScript" name="_msoanchor_2">[A2]</a><!--[endif]--><span style="mso-special-character: comment;"> </span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">como
argumentou o próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo (no Brasil, um plano
nacional de vacinação está em vistas de realização e desenvolvimento por parte
do Ministério da Saúde, mas nada concreto), a melhor recomendação, para sua
não-disseminação e prevenção, é a reclusão ou isolamento social, permanecendo
apenas em funcionamento os serviços essenciais como, entre outros, farmácias,
mercados, hospitais, postos de saúde, postos de gasolina. Esse fato nos
apresentou um dilema: salvar vidas ou a economia?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Tal
impasse foi fortalecido no dia 24 de março durante o pronunciamento, em rede
nacional, do Excelentíssimo Senhor Presidente da República que, contrariando as
recomendações médicas e dos órgãos responsáveis pela produção da Pesquisa em Saúde
no país e no mundo, solicitou a retomada das atividades produtivas e prestações
de serviços pelas empresas, comércios, escolas, entre outros, mantendo em
resguardo apenas as pessoas que se encontram no grupo de risco: idosos, diabéticos,
hipertensos, doentes cardíacos e pessoas com problemas respiratórios, entre
outros.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esse
cético e negacionista discurso presidencial, minimizando os efeitos da pandemia,
inclusive chamando-a de “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">gripezinha” </i>ou
“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">resfriadinho”</i>, foi proferido com o
pretexto de “salvar” a economia do país que, conforme dados do IBGE, apresentou
em 2019 um PIB de 1,1, significando o menor avanço dos últimos 3 anos e dando
resquícios (para não dizer “intensificando”) de crise econômica nacional.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As
consequências e repercussões desse discurso gerou uma polarização nacional. De
um lado aqueles (principalmente empresários) que defendiam a retórica do
presidente e simpatizavam com o encerramento do isolamento social e a retomada
imediata das atividades de trabalho e produção; e, de outro, aqueles (trabalhadores
da saúde, da educação, gestores municipais e estaduais, demais trabalhadores em
geral) que consentiam com as recomendações científicas e dos profissionais da
saúde, defendendo a permanência do isolamento social de forma temporária para
amenizar as consequências da disseminação do vírus nas comunidades e nos leitos
hospitalares.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse
interim, retomamos a questão: salvar vidas ou salvar a economia? Quais os
limites dessa dicotomia, isto é, há vida sem economia e/ou há economia sem
vida? De que economia se está tratando? Quantas vidas valem a “retomada
econômica” ou “proteção econômica”? Aliás, retomada econômica para “quem”? No
sentido de manifestar um posicionamento sobre essas indagações, cabe uma
reflexão à luz da Teoria Marxiana.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Infelizmente
há correntes teóricas que não mais reconhecem a relevância da obra Marxiana
para uma pertinente análise de nossos dias. Também há aqueles que (ainda) compactuam
com o fim da História e com o fim do Trabalho. Contrariamente, lançamos mão dos
ensinamentos da Teoria Social Marxiana para pontuar e fundamentar nossos
argumentos em torno da reflexão lançada acima. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com
ela aprendemos que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trabalho</i>, na
qualidade de atividade exclusivamente humana, tudo produz, isto é, na síntese
homem/mulher-natureza há uma mediação da atividade do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trabalho</i> para a produção de bens materiais e espirituais, serviços,
mercadorias e riquezas de todos os gêneros, inclusive a vida e o próprio gênero
humano. Se o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trabalho </i>tudo produz,
logo quem trabalha (o sujeito do trabalho ou trabalhador) é o responsável pela
produção ao empreender trabalho vivo e concreto à lógica produtiva de seu tempo
histórico.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro
ensinamento é o que segue: o primeiro pressuposto para fazermos história é a
existência e o primeiro ato histórico da humanidade foi a produção de meios
para sua existência. Noutras palavras, para produzirmos nossa existência e
escrevermos/vivermos nossa história (a história humana) é imprescindível o
pressuposto da existência: precisamos existir e estar em condições de existir para
produzirmos nossa vida, nossa história, nossa sociedade e, portanto, nossa base
econômica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esses
dois ensinamentos instrumentalizam e fomentam a reflexão acerca do embate: vida
ou economia? Isto é, o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trabalho </i>juntamente
com seu produtor/executor (trabalhador) e o pressuposto da existência e da
produção dos meios para tal, são determinações fundamentais para pautarmos e
delinearmos tal discussão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
suma, sabemos quem retornou ou protegeu a economia: os trabalhadores e
trabalhadoras, que, em razão da propriedade privada dos meios de produção por
parte do empresariado, muito pouco ou quase nada irão usufruir da riqueza
produzida, apenas o mínimo necessário para (re)produzirem sua precária
existência, ou melhor, sua sobrevivência e de seus pares. Em razão disso, o
“apelo” a retomada da produção e da volta ao trabalho, dissimulado pela preocupação
com a falta de alimentos e salários ou, até mesmo, com o rompimento dos
contratos de trabalho (demissões em massa) e respaldado pelo discurso irresponsável
e criminoso do presifake da república, é uma demanda da classe empresarial do
país que está mais interessada em acumular e valorizar sua riqueza e seu
capital do que apresentar melhores condições de vida aos trabalhadores. Aliado
a isso temos a existência, a história, a vida dos trabalhadores que está em
risco ao serem expostos ao vírus no caminho até o trabalho, em transportes
lotados e em filas gigantescas, assim como no próprio local e nas relações de
trabalho. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
priorizarem a produção e a economia em detrimento da vida humana, fica
evidente, portanto, o menosprezo de classe e o quanto descartáveis são os
trabalhadores e trabalhadoras. Esses, coagidos pelas ameaças de fim/rompimento
de contrato e por rótulos opressores (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">vagabundos,
esquerdistas, sustentados pelos pais, tirando férias...</i>) proferidos por
simpatizantes do “discurso da morte”, como ficou denominado o pronunciamento do
presifake (dia 24/03), retornaram aos seus postos de trabalho com nenhuma
garantia por parte do Estado ou das empresas (além do Auxílio Emergencial como
empreitada maior da oposição) de sobrevivência e melhoria das condições de
trabalho/vida. E, caso forem contaminados e chegarem a óbito, em razão dos
hospitais não comportarem as demandas emergenciais de atendimento, serão
substituídos por outros trabalhadores, que seguirão o movimento da máquina
produtiva e “recuperarão” a economia, mantendo a ordem e o lucro do patrão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esses
foram dois ensinamentos marxianos que sempre ressurgem nos momentos de crise,
em especial no atual momento de pandemia pelo COVID-19. Aliás, eles nunca
morreram, sempre estiveram vivos e permeando nossas vidas, mas muitos não
percebem (por não terem acesso aos instrumentos e rudimentos desses conceitos e
fundamentos) ou, por mau-caratismo, não reconhecem como determinações socio-históricas,
objetivadas no modo de produzir a vida no capitalismo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Portanto,
tão importante quanto à economia é a vida, a existência humana e as condições
para tal. A economia, que não se resume a dinheiro ou renda e sim às formas de
extrair da natureza e das relações sociais as bases concretas de manutenção e
reprodução da vida, só ocorre a partir da existência de sujeitos em pleno
desenvolvimento e em plenas condições materiais para transformarem a natureza e
a si próprio por meio da atividade vital humana e consciente que é o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">trabalho</i>, produtor de todas as riquezas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por
fim, à titulo de provocações finais, se a grande preocupação, seja do
presifake, seja do empresariado, era “salvar a economia” e a economia só pode
ser “salva”, produzida e valorizada pelo trabalho vivo (pela atividade do
trabalhador), por que o Brasil, nas figuras institucionais do Ministério da
Saúde e do próprio presifake, ainda não apresentou um plano real de vacinação
em âmbito nacional para dar condições de existência e de agir aos trabalhadores
e trabalhadoras? Isso seria “apenas” mais um traço da incompetência do governo?
As evidências da materialidade do mundo produzem possíveis conclusões!<o:p></o:p></span></p>
<div style="mso-element: comment-list;"><!--[if !supportAnnotations]-->
<hr align="left" class="msocomoff" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div style="mso-element: comment;"><!--[if !supportAnnotations]-->
<div class="msocomtxt" id="_com_1" language="JavaScript"><!--[endif]--><span style="mso-comment-author: Anônimo;"><!--[if !supportAnnotations]--><a name="_msocom_1"></a><!--[endif]--></span>
<p class="MsoCommentText"><span class="MsoCommentReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-special-character: comment;"> <!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomoff" href="file:///C:/Users/Cliente/Downloads/Artigo%20de%20Opini%C3%A3o%20-%20A%20pandemia%20e%20a%20teoria%20marxiana.docx#_msoanchor_1">[A1]</a><!--[endif]--></span></span></span>Atualizar
de acordo com a data de publicação.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoCommentText"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoCommentText"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoCommentText">Atualizado: 11/01/2021<o:p></o:p></p>
<!--[if !supportAnnotations]--></div>
<!--[endif]--></div>
<div style="mso-element: comment;"><!--[if !supportAnnotations]-->
<div class="msocomtxt" id="_com_2" language="JavaScript"><!--[endif]--><span style="mso-comment-author: Anônimo;"><!--[if !supportAnnotations]--><a name="_msocom_2"></a><!--[endif]--></span>
<p class="MsoCommentText"><span class="MsoCommentReference"><span style="font-size: 8.0pt;"><span style="mso-special-character: comment;"> <!--[if !supportAnnotations]--><a class="msocomoff" href="file:///C:/Users/Cliente/Downloads/Artigo%20de%20Opini%C3%A3o%20-%20A%20pandemia%20e%20a%20teoria%20marxiana.docx#_msoanchor_2">[A2]</a><!--[endif]--></span></span></span>Essa
é quentinha... <o:p></o:p></p>
<p class="MsoCommentText"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoCommentText">https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/vacinacao-comecara-no-dia-d-e-na-hora-h-diz-ministro-da-saude/<o:p></o:p></p>
<!--[if !supportAnnotations]--></div>
<!--[endif]--></div>
</div>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-52324976230403869652021-01-12T07:45:00.001-08:002021-01-12T07:49:11.208-08:00A EDUCAÇÃO NA ERA DA PÓS-VERDADE: PROVOCAÇÕES DE NOSSO TEMPO<p> Por <b style="text-align: right;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Gislei
José Scapin</span></b></p><p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><b><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ditadura
no Brasil: existiu? Nazismo: de esquerda ou de direita? Terra: plana ou
arredondada? Vacinas: boas ou ruins? Essas são algumas das emergentes
inquietações que se balizam no plano da Pós-Verdade. Tais questões me ‘saltam
aos olhos’, uma vez que teriam sido respondidas e, sobretudo, certificadas,
considerando o movimento de provisoriedade da Verdade histórica e objetiva. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="335" src="https://www.youtube.com/embed/mUqp6IqlnR0" width="403" youtube-src-id="mUqp6IqlnR0"></iframe></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Contudo,
o que pretendo destacar não é somente esse movimento de ceticismo para com os fatos
e a objetividade certificada historicamente pela humanidade, mas refletir,
leia-se provocar, sobre as atuais formas de manipulação da Verdade e seus meios
de divulgação, e, sobretudo, como isso afeta os processos educativos da
sociedade. Para tanto, penso ser necessário elencar algumas questões: em tempos
atuais, que/qual Verdade estamos construindo? Em que/qual Verdade estamos
acreditando? Que/qual Verdade estamos socializando e/ou compartilhando? E, por
fim, o que o movimento da Pós-Verdade representa para a Educação?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O termo Pós-Verdade, conforme o Oxford
Dictionaries, foi a palavra do ano em 2016, contendo a seguinte definição de
forma abreviada: circunstâncias em que os fatos objetivos são menos influentes
em formar a opinião pública do que os apelos à emoção e à crença pessoal,
considerando, também, a função assertiva de um interlocutor-chave. Nesse bojo,
compartilho do pensamento do jornalista britânico Matthew D’Ancona ao explicar
que Pós-Verdade não coincide com a mentira, pois essa ultima sempre existiu ao
longo da história humana. O fenômeno atual, por sua vez, trata da reação das
pessoas às formas de manipulação e deturpação da realidade e da verdade, isto
é, a indignação dá lugar à indiferença e à conivência. A primazia da emoção e
do sentimentalismo em detrimento da razão e dos fatos objetivos, como forma de
compreensão e explicação da realidade concreta, corrobora para o desmoronamento
do valor da Verdade e, por fim, do desprezo à própria ciência (elevem isso a um
contexto pandêmico: já imaginaram o estrago? Evidências não nos faltam).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Diante
disso, percebo que todo o movimento e o caminho de explicação do real, que foi
desenvolvido e percorrido pela humanidade superando as formas de entender o
mundo a partir do mito para, pois, expressar e consolidar o pensamento
racional, tenha caído por terra com o advento da Pós-Verdade. Expresso esse
entendimento, uma vez que na era da Pós-Verdade os fatos, além de serem
manipulados, são interpretados a partir das causas emocionais e sentimentais
dos indivíduos, cada um com sua forma de compreender e reproduzir a realidade,
cada um com sua subjetividade de mundo, que se multiplica a passos largos no
plano da intersubjetividade, isto é, das coletividades que compartilham das
mesmas sensações e emoções em prol do lhe convém. A título de exemplo, como
mencionei no início deste artigo, podemos citar o movimento antivacina no
Brasil, que, a partir de crenças, leiam-se teorias da conspiração, construídas
e disseminadas por determinado coletivo, divulgou um rol de críticas às
campanhas de vacinação, desprezando todo o avanço no campo da medicina. Segundo
dados do Ministério da Saúde, a aplicação de vacinas destinadas às crianças
menores de dois anos de idade apresentava uma queda desde 2011, resultado
disso: o Sarampo, em escala ampliada, deu as caras por aqui novamente. Imaginem
isso no atual momento histórico, pandêmico, em que vivemos, onde o próprio
Excelentíssimo Senhor “Presifake”, o inominado, está impulsionando uma campanha
antivacina (com enorme carga xenofóbica) e seu “gado”, evidentemente, estão
aderindo e fortalecendo tal ação. Vejam como a Pós-Verdade encontra seu espaço
na contemporaneidade, em especial regada pelos envios/disparos em massa via
rede social.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Centralizando
minha argumentação no plano da coletividade e da intersubjetividade, qual/quais
meios proporcionam a consolidação da era da Pós-Verdade, construindo uma
realidade pautada pela primazia da emoção e do sentimento? Para responder essa
questão, diferentemente dos adeptos da Pós-Verdade, não utilizarei minhas
emoções ou meus sentimentos, mas sim dados e fatos objetivos a partir do que
vem sendo estudado/pesquisado neste início de século. Adepto das narrativas da
Modernidade e acreditando nos saberes legitimados pela Racionalidade
Científica, ponderam que o terreno fértil para a Pós-Verdade advém das teses e
da conjuntura da Pós-Modernidade em consonância com a expansão da globalização
e da informática/internet, materializado pela era da informação (diferente de “conhecimento”)
e da sociedade do conhecimento (“conhecimento como força produtiva”, como se
isso fosse algo ‘novo’, né, Marx?), em escala mundial. Disseminada, reitero,
pelo uso desenfreado e (mau) intencionado das redes sociais, a Pós-Verdade
produz a sua narrativa e sua forma de consciência irracional, a-histórica e
anti-realista, penetrando o cérebro, nervos, ossos e músculos das pessoas via
emoções/sentimentos e pela força do medo e do ódio (medo de uma vacina e ódio a
um povo/cultura que supostamente teria criado um vírus em laboratório para
tomar o poder/controle do mundo, por exemplo).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Em
síntese, acredito que esses mecanismos possibilitam a divulgação e
compartilhamento de informações (manipuladas e deturpadas) em tempo record, bem
como atingindo o maior número de indivíduos e usuários possíveis, que, sem
filtro e despidos de instrumentos para analisar/verificar/constatar as
informações recebidas, tratam-na como Verdade (absoluta) conforme a
identificação dessas com seus sentimentos, suas emoções e suas crença, desconstruindo
e nivelando “por baixo” toda a produção de conhecimento e toda a realidade
objetiva, desgastando, por fim, a noção de Verdade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como
a Educação lida com isso? Quais implicações desse cenário para o processo
educativo? Em minha reflexão, não limito a Educação na esfera da escolarização,
tampouco me referindo ou limitando em etapas ou idade específica dos sujeitos.
Penso que seja necessário elucidar as implicações da Pós-Verdade no âmbito mais
geral da Educação, no qual entendo como o processo de socialização e
apropriação dos saberes, da cultura, de toda a produção humana que precisa ser
disponibilizada e generalizada a todos como forma de manter a reprodução do
gênero humano e construir um projeto histórico de sociedade. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Entretanto,
como realizar esse processo educativo considerando todo o contexto da era da
informação e da manipulação dos fatos e da Verdade? Como enfrentar a indústria
da desinformação e da Fake News, a qual atinge boa parte do público adulto,
gerando, dentre outras, implicações no campo da política e, até mesmo,
contribuindo para a eleição presidencial, vide EUA (2016) e Brasil (2018)? Que
desafios enfrentarão os educadores, em especial, os professores, sobretudo no
Brasil, país que, conforme os Editores da Faro Editorial, em material publicado
em 2018, deu um salto da mentalidade mitopoética para a mentalidade da
Pós-Verdade, onde as marcas definidoras da Modernidade e do Iluminismo nunca
fincaram raízes? Quais instrumentos e/ou mecanismos serão utilizados e/ou
estarão à disposição dos educadores (em todos os sentidos), em especial, mais
uma vez, dos professores, para superar a era da Pós-Verdade e formar sujeitos
críticos e capazes de lidar e reconhecer a distorção dos fatos e da realidade,
ao passo em que o (novo) Brasil de 2019/2020 – da nova política, do
patriotismo, do conservadorismo, do fundamentalismo religioso, do
anticomunismo, do “fim da mamata”, do enxugamento e das Reformas do Estado, entre
outros traços – ataca e “mata a mingua” a Educação e todos os serviços
públicos? Como (re)construir (se é que foi construído) o senso crítico em
indivíduos que produzem sua existência no cenário exposto, atuando com indiferença
e incredulidade demasia diante da realidade deturpada? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Por
fim, que/quais armas teremos, enquanto sujeitos sociais e históricos, para combater
a arrasadora de fatos e Verdades chamada Pós-Verdade? Ou melhor, o que
aconteceu com a Verdade?<o:p></o:p></span></p>Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-198278555716191215.post-71693738794722091302020-11-30T10:30:00.002-08:002020-11-30T10:30:51.266-08:00Resposta a Sabrina Fernandes - Tese Onze <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzGo38YW1O-bh0nOlrHPyYTvmPOA4GMOPtolQbMKIlU2B5yyMhqzT3ACIN_G5a5BR9jyGwazeFYOXn1wSKNMA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div> <span style="color: #a00029; font-family: Roboto, Noto, sans-serif;"><span style="font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">No mundo que a Senhora Soberba estudou (mestrado e doutorado) pela </span></span>Carleton University, e graduação pela St. Thomas University, o que ela chama no seu Lattes de "sociologia ambiental" são questões preponderantes. Por aqui, na periferia do capital, as preocupações são bem outras! A fome, a miséria material da classe trabalhadora (precarização, terceirização e desemprego), por aqui, assistimos a morte cotidiana de pretos, pretas e pobres, violência urbana e policial, ataques profundos aos direitos humanos. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8by3vuqWkdRizTi6v5t15V7hkGhwvBotn9tBmvrzEgwpJg6eJMnSPjtUwUCMvO34xizBhX8mcUHzujEm1HcFojJf3cw3TjJHXZntCNnv4xnti6fPfbwwbyRHz1FKDsgXvQtiF24UEzDss/s592/cara+nome+canal.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="188" data-original-width="592" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8by3vuqWkdRizTi6v5t15V7hkGhwvBotn9tBmvrzEgwpJg6eJMnSPjtUwUCMvO34xizBhX8mcUHzujEm1HcFojJf3cw3TjJHXZntCNnv4xnti6fPfbwwbyRHz1FKDsgXvQtiF24UEzDss/s320/cara+nome+canal.JPG" width="320" /></a></div><br /><br /><br /><p></p><div class="gmail_default">É claro que a "questão ambiental" é sempre importante, mas temos aqui preocupações mais prementes e imediatas do que aquelas que se estudam nas universities gringas!</div><div class="gmail_default">Aliás, na teoria da totalidade marxiana tudo cabe, por isso a Senhora Soberba encontra lastro em Marx e Engles para sustentar sua "sociologia ambiental". No entanto, é um grave equívoco teórico confundir a totalidade engelsiana marxiana com a tudologia sociológica que pensa dar conta da teoria dos velhos clássicos.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3h95HxbKxQgvknp6dGvJIFbxCPf0mwQaXYegsdmJOEVhZI10aK-qWF6cNUarvaaw3iw7-RcWaPP5akvjvAb_bnKk_E4gcfz31-cn83JS_PsCZSqftCs9noMnBO7VDZc7A-FRgx2kMkA_l/s593/sabrina+3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="553" data-original-width="593" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3h95HxbKxQgvknp6dGvJIFbxCPf0mwQaXYegsdmJOEVhZI10aK-qWF6cNUarvaaw3iw7-RcWaPP5akvjvAb_bnKk_E4gcfz31-cn83JS_PsCZSqftCs9noMnBO7VDZc7A-FRgx2kMkA_l/s320/sabrina+3.JPG" width="320" /></a></div></div><div class="gmail_default">Quando se reveste a Teoria Social, que é feita aqui no terceiro mundo, de um figurino franco canadense e suas preocupações exógenas às nossas questões mais imediatas, não significa exatamente um erro estratégico, mas apenas um equívoco tático que confunde a luta da esquerda. </div><div class="gmail_default">Lá nas universities canadenses eles tem tempo pra pensar na "sociologia ambiental" porque não estão enfrentando um governo fascista, uma polícia racista, fome, miséria, desemprego e não são legatários de 400 anos de escravidão. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKll9VoSgnFRfMt0wosVN9aXiQiHmNFEJ4AXrv2VC_nPS9AppW-XQL3l2IksFNKg2CxqJZ_AdJJOP_Kh5vyUaYwfkzkrJtDrydWj3l3KQsJBupXebcXt2EVNVT6oGKZWZL06hb3tvuPAwl/s593/sabrina+4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="593" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKll9VoSgnFRfMt0wosVN9aXiQiHmNFEJ4AXrv2VC_nPS9AppW-XQL3l2IksFNKg2CxqJZ_AdJJOP_Kh5vyUaYwfkzkrJtDrydWj3l3KQsJBupXebcXt2EVNVT6oGKZWZL06hb3tvuPAwl/s320/sabrina+4.JPG" width="320" /></a></div><br /><br /><div class="gmail_default"><br /></div><div class="gmail_default">Esse figurino francês que a Senhora Soberba veste, e a remissão teórica que faz aos velhos clássicos renanos escondem o cariz burguês e diversionista de sua tudologia sociológica. </div><div class="gmail_default">O ambiente é tudo, e ao mesmo tempo nada, uma preocupação teórica tão instigante quanto vazia dentro do contexto do materialismo histórico. A "natureza" é típica zona de conforto pra que quer se passar por teórico engajado, enquanto é materialmente incapaz de transcender os limites das orelhas de um livro escrito em uma língua que poucos brasileiros conseguem decodificar. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="gmail_default"><br /></div><div class="gmail_default"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioy4TEgR4CrrkvT9fg_pXsbWwCTVBE4p_IxvGhRHPC7EN_icJ2IXnlWLL_D2UVj9VABajrzti-MEO1r4ZvNVgOS6Uja1Ch5PaXEDExnw4NEqkzYkwtdtS5OuFSD3YZxTT3KA1VS49E1p_F/s597/sabrina+1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="501" data-original-width="597" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioy4TEgR4CrrkvT9fg_pXsbWwCTVBE4p_IxvGhRHPC7EN_icJ2IXnlWLL_D2UVj9VABajrzti-MEO1r4ZvNVgOS6Uja1Ch5PaXEDExnw4NEqkzYkwtdtS5OuFSD3YZxTT3KA1VS49E1p_F/s320/sabrina+1.JPG" width="320" /></a></div>Se o ecossocialismo é um tema interessante para quem tem o estômago cheio, pleno emprego, universidades ricas, pés quentinhos, futuro garantido; por aqui, onde cada dia é uma luta para se manter vivo, ele soa como um blábláblá retórico excelente para vender livros, mas insuficiente para enfrentar a realidade material. A questão ambiental no Brasil, não é causa da nossa crise, mas um de suas mais perversas consequências. Não precisamos de ecossocialistas (lá no Canadá eles se saem muito bem!), mas de socialistas que façam eco aos interesses materiais da classe trabalhadora: trabalho, comida, saúde, segurança. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCDGegXQOFiAhdjaofpDwYPUC_SL3L8akJ6F9bJaQuB5MuxRdPtyM7vWE29vix-8JrmnhN0JSbzkI_jgAEenT82FcU2q32GBsTjNuUZ8Nl-TZA9dg0W7Aqa3SsnShh5CLbfY7LXcWi2gaK/s844/sabrina+lattes.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="180" data-original-width="844" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCDGegXQOFiAhdjaofpDwYPUC_SL3L8akJ6F9bJaQuB5MuxRdPtyM7vWE29vix-8JrmnhN0JSbzkI_jgAEenT82FcU2q32GBsTjNuUZ8Nl-TZA9dg0W7Aqa3SsnShh5CLbfY7LXcWi2gaK/s320/sabrina+lattes.JPG" width="320" /></a></div></div><div class="gmail_default">Quem erra na análise, erra na ação! Enquanto seguirmos dizendo amém para as teorias gringas e pensando que suas análises resolvem nossos problemas, continuaremos errando na ação e dando espaços para que mais confunde do que organiza a luta marxista. Se a Senhora Soberba entendesse a Tese 11, saberia que não precisamos que ninguém interprete o mundo pra nós, com suas categorias exógenas à nossa realidade, e só assim caberia a nós mesmos transformá-lo, por nossa conta!<br /></div><br />Profº Guilherme Howeshttp://www.blogger.com/profile/05358827983942257811noreply@blogger.com0