Escrito como uma série de ensaios entre 1904 e 1905, foram, mais tarde, complementados pelo autor e publicados em um livro, no qual ele investiga as razões do capitalismo se haver desenvolvido inicialmente em países como a Inglaterra ou a Alemanha, concluindo que isso se deve à mundividência e hábitos de vida instigados ali pelo protestantismo. Neste livro, o autor avança a tese de que a ética e as ideias puritanas, a ética calvinista (ascética), influenciaram o desenvolvimento do capitalismo nos EUA.
A divisão do trabalho social
Nesse texto de 1893 o autor analisa as funções sociais do trabalho na sociedade e procura mostrar como na modernidade tal divisão é a principal fonte de coesão ou solidariedade social.
O Capital
Conjunto de livros reunidos em um volume de 1867, apontando e criticando o desenvolvimento do capitalismo de épocas anteriores até a modernidade. Nesta obra existem muitos conceitos econômicos complexos, como mais valia, capital constante e capital variável, uma análise sobre o salário; sobre a acumulação primitiva, resumindo, sobre todos os aspectos do modo de produção capitalista, incluindo uma crítica exemplar sobre a teoria do valor-trabalho de Adam Smith e de outros assuntos dos economistas clássicos.
A ciência como vocação
Texto originado de uma conferência realizada pelo autor em novembro de 1917 em que comparou a situação da universidade alemã com a realidade dos Estados Unidos e advertiu seus ouvintes de que no futuro haveria um processo de americanização da vida universitária, que seria cada vez mais parecida com empresas estatais: cientistas, professores e acadêmicos, cujas chances de promoção profissional, ainda seriam bastante determinadas pelo papel do acaso e da contingência, sempre pressioandos a conciliar a difícil vocação para a pesquisa e para o ensino. Conclui que a vocação para a ciência também exige paixão (dedicação à causa) e, além disso, inspiração para fazer uma obra relevante.
Manifesto do Partido Comunista
Texto publicado em 1848, sugere um curso de ação para uma revolução socialista através da tomada do poder pelos proletários. Faz uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora. Não deixa, porém, de citar seu grande papel revolucionário, tendo destruído o poder monárquico e religioso valorizando a liberdade econômica extremamente competitiva e um aspecto monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário como uma simples peça de trabalho.
As regras do método sociológico
Obra de 1895 em que o autor apresenta o projeto próprio de estabelecer a sociologia como uma nova ciência social. Assim sugere duas teses principais, sem as quais a sociologia não poderia ser uma ciência: Precisa ter um objeto específico de estudo. Diferentemente da filosofia ou da psicologia, o objeto próprio da sociologia é o fato social. Precisa respeitar e aplicar um reconhecimento objetivo, um método científico, trazendo-a para perto, dentro do possível, das outras ciências exatas. Este método pode evitar a todo custo preconceitos e julgamentos subjetivos.
Ideologia Alemã
Obra manuscrita em 1846 e só publicada posteriormente em que o autor faz críticas ao que denomina de jovens filósofos hegelianos, que considera produtores de uma ideologia alemã conservadora, apesar de se auto-denominarem teóricos revolucionários. Marx aponta para o fato de que, para estes filósofos, as transformações da sociedade se originam somente no plano do pensamento e nunca alcançam a realidade concreta. Isto porque cada um deles, criticando a teoria hegeliana, adota um aspecto desta, sem romper com a falsa noção, segundo Marx, de que é o espírito humano, e não a atividade humana, o sujeito da história.
O suicídio
Esse texto de 1897 foi um estudo de caso que trouxe um exemplo de como uma monografia sociológica deveria ser escrita. Estudou as conexões entre os indivíduos e a sociedade. Ele acreditava que se pudesse demonstrar o quanto um ato individual é o resultado do meio social que o cerca. Com isso teria uma prova concreta da utilidade da sociologia. Neste livro, o autor desenvolve o conceito de anomia. Ele explora as diferentes taxas de suicídio entre protestantes e católicos, explicando que o forte controle social entre os católicos resulta em menores índices de suicídio.
A objetividade do conhecimento nas ciências políticas e sociais
Texto publicado em 1904, em que o autor apresenta minuciosamente os principais temas sobre sua concepção de metodologia da ciência social e das relações entre conhecimento e prática científicas. Aponta que na investigação de um tema, um cientista é inspirado por seus próprios valores e ideais, que tem um caráter sagrado para ele, nos quais deposita sua fé e pelos quais está disposto a lutar. Em outras palavras, é preciso distinguir entre julgamentos de valor e o saber empírico. Este nasce da necessidade e considerações práticas historicamente colocadas, na forma de problemas, ao cientista cujo propósito deve ser o de procurar selecionar e sugerir a adoção de medidas que tenham a finalidade de solucioná-los. Já os julgamentos de valor dizem respeito à definição dos significados que se dá aos objetos ou aos problemas. O saber empírico tem como objetivo procurar respostas através do uso dos intrumentos mais adequados (meios, métodos). A ação do cientista é seletiva. A objetividade do conhecimento decorre, em boa medida, da incorporação consciente dos valores e do controle rigoroso dos procedimentos de análise. Um: estabelecer leis e fatores hipotéticos que servirão como meios para seu estudo; dois: analisa e expõe ordenadamente os fatores historicamente dados; três: reconstrói o passado: último: avalia possibilidades de futuro.
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